Mounjaro: respondendo as principais dúvidas
- maio 6, 2025
- 10:20 am

O que é o Mounjaro e quando ele chega ao Brasil?
O Mounjaro (tirzepatida), medicamento inovador da farmacêutica Eli Lilly, foi aprovado pela Anvisa em setembro de 2023 para o tratamento do diabetes tipo 2. Sua chegada às farmácias brasileiras está prevista para a primeira quinzena de maio de 2025, com expectativa de disponibilidade nacional até o dia 15. (O GLOBO, UOL)
Como o Mounjaro funciona?
O Mounjaro é um medicamento injetável de aplicação semanal que atua como um agonista duplo dos hormônios GLP-1 e GIP. Essa combinação estimula a produção de insulina, reduz a produção de glucagon pelo fígado e retarda o esvaziamento gástrico, promovendo maior saciedade. Esses mecanismos auxiliam no controle da glicemia e na redução do apetite, contribuindo para a perda de peso.
Para que o Mounjaro é indicado no Brasil?
Atualmente, o Mounjaro está aprovado no Brasil exclusivamente para o tratamento do diabetes tipo 2. Nos Estados Unidos, a mesma substância é aprovada também para o tratamento da obesidade, sob o nome comercial Zepbound. (O GLOBO)
Como o Mounjaro deve ser administrado e quais são as dosagens?
O Mounjaro é administrado por via subcutânea, uma vez por semana, utilizando uma caneta de aplicação descartável. As doses disponíveis no Brasil serão de 2,5 mg e 5 mg, indicadas para o início do tratamento. Doses mais altas, como 7,5 mg, 10 mg, 12,5 mg e 15 mg, estão previstas para serem disponibilizadas posteriormente.
Quais são os efeitos colaterais e contraindicações do Mounjaro?
Os efeitos colaterais mais comuns do Mounjaro incluem náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, constipação, refluxo gastroesofágico, fadiga e hipoglicemia (especialmente quando associado a outros medicamentos antidiabéticos). O medicamento é contraindicado para pessoas com histórico de carcinoma medular de tireoide ou síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2, além de gestantes. Essas precauções são baseadas em estudos pré-clínicos que mostraram aumento de tumores em roedores.
Qual é a diferença entre Mounjaro e Ozempic?
A tirzepatida (princípio ativo do Mounjaro) e a semaglutida (princípio ativo do Ozempic) pertencem à mesma classe de medicamentos: os análogos de GLP-1. Eles recebem esse nome porque simulam um hormônio chamado GLP-1. Porém, enquanto a substância do Ozempic reproduz apenas a ação do GLP-1, a do Mounjaro é um duplo agonista — simula o GLP-1 e um outro semelhante, o GIP. Por isso, a tirzepatida é considerada uma nova geração dos medicamentos.
Quanto custa o Mounjaro no Brasil?
O Mounjaro estará disponível nas farmácias brasileiras a partir da primeira quinzena de maio de 2025. Os preços variam conforme a dosagem e o canal de compra:
2,5 mg: R$ 1.406,75 (e-commerce) a R$ 1.506,76 (lojas físicas) para participantes do programa Lilly Melhor Para Você. (CNN Brasil)
5 mg: R$ 1.759,64 (e-commerce) a R$ 1.859,65 (lojas físicas) para participantes do programa Lilly Melhor Para Você. (CNN Brasil)
Fora do programa, os preços podem chegar a R$ 1.907,29 (2,5 mg) e R$ 2.384,34 (5 mg).
Precisa de receita médica para comprar o Mounjaro?
Sim. A venda do Mounjaro no Brasil exige receita médica com retenção, conforme determinação da Anvisa. Essa medida visa garantir o uso adequado do medicamento e evitar o consumo indiscriminado, especialmente para fins estéticos.
Quais são as considerações finais sobre o uso do Mounjaro?
O Mounjaro representa uma nova opção no tratamento do diabetes tipo 2, com potencial adicional para auxiliar na perda de peso. No entanto, seu uso deve ser restrito às indicações aprovadas e sempre sob orientação médica, considerando os possíveis efeitos colaterais e contraindicações.
Nota: As informações fornecidas neste artigo são baseadas em dados disponíveis até a data de publicação e podem estar sujeitas a atualizações. Consulte sempre um profissional de saúde para orientações específicas sobre tratamentos médicos.
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Ansiedade: como lidar com ela no dia a dia
- outubro 14, 2025
- 11:08 am

Como lidar com a ansiedade no dia a dia: estratégias simples e eficazes
Introdução
A ansiedade é uma resposta natural do corpo diante de situações desafiadoras. No entanto, quando se torna constante ou intensa, pode afetar a qualidade de vida. Este conteúdo foi pensado para pacientes, familiares e cuidadores que buscam formas práticas e acolhedoras de enfrentar esse desafio cotidiano.
O que é ansiedade?
A ansiedade é uma emoção comum, caracterizada por sentimentos de preocupação, medo ou tensão. Em níveis saudáveis, ela nos ajuda a reagir a perigos e tomar decisões. Mas quando se torna excessiva, pode causar sintomas físicos e emocionais como:
- Palpitações
- Sudorese
- Dificuldade para dormir
- Pensamentos acelerados
- Sensação de sufocamento ou pânico
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 18 milhões de brasileiros convivem com algum tipo de transtorno de ansiedade, o que reforça a importância de falar sobre o tema e buscar apoio adequado.
Estratégias práticas para lidar com a ansiedade
1. Respiração consciente
A respiração profunda e lenta ajuda a reduzir os sintomas físicos da ansiedade. Experimente:
- Inspirar por 4 segundos
- Segurar o ar por 4 segundos
- Expirar lentamente por 6 segundos
Repita esse ciclo por alguns minutos.
2. Rotina de sono saudável
Dormir bem é essencial para o equilíbrio emocional. Dicas:
- Evite telas antes de dormir
- Crie um ambiente tranquilo
- Mantenha horários regulares
3. Atividade física regular
Exercícios como caminhada, dança ou yoga liberam endorfinas, que ajudam a melhorar o humor e reduzir o estresse. [linhasdecu…ude.gov.br]
4. Alimentação equilibrada
Evite excesso de cafeína e açúcar. Inclua alimentos ricos em magnésio, ômega-3 e triptofano, como banana, aveia e peixes.
5. Psicoeducação e apoio emocional
Entender a ansiedade e conversar sobre ela com profissionais ou pessoas de confiança pode aliviar o sofrimento. A escuta qualificada e o apoio familiar são fundamentais.
Quando procurar ajuda profissional?
Se os sintomas persistirem ou causarem prejuízos na rotina, é importante buscar apoio especializado. O tratamento pode incluir:
- Psicoterapia (como a Terapia Cognitivo-Comportamental)
- Medicamentos (sempre com prescrição médica)
- Práticas integrativas (como meditação e acupuntura) [linhasdecu…ude.gov.br]
Conclusão
Lidar com a ansiedade é um processo que exige cuidado, paciência e apoio. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer grande diferença. Lembre-se: você não está sozinho.
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Genérico ou referência: qual medicamento escolher?
- outubro 12, 2025
- 9:00 am

Medicamentos genéricos vs. de referência: entenda a diferença e saiba qual escolher
Na hora de comprar um remédio, é comum surgir a dúvida: devo escolher o medicamento de referência ou o genérico? Ambos tratam a mesma condição, mas têm características distintas que influenciam na escolha — especialmente em termos de preço, marca e confiança.
O que é um medicamento de referência
É o medicamento original, desenvolvido por um laboratório após anos de pesquisa e testes clínicos. Ele tem nome comercial (como Tylenol®, por exemplo) e serve como modelo para os demais. Sua eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas em estudos extensos.
Vantagens: marca reconhecida, histórico de uso, confiança do público
Desvantagens: preço mais alto, especialmente sem cobertura de plano de saúde
O que é um medicamento genérico
É uma cópia exata do medicamento de referência, com o mesmo princípio ativo, dose, forma farmacêutica e indicação. Não tem nome de marca — é identificado pelo nome da substância (por exemplo, dipirona). No Brasil, os genéricos têm tarja amarela com o “G” e são aprovados pela Anvisa após testes de bioequivalência.
Vantagens: preço até 35% mais baixo, eficácia comprovada, substituição garantida por lei
Desvantagens: pode gerar dúvida em quem não conhece seu funcionamento, mas é seguro e confiável
E os medicamentos similares?
São cópias do medicamento de referência, mas com diferenças em cor, sabor, forma ou excipientes. Desde 2014, também precisam comprovar bioequivalência para serem aprovados. São identificados por nome comercial, como os de referência.
Importante: genéricos e similares são intercambiáveis com o medicamento de referência, mas não entre si. A substituição deve ser feita com orientação médica ou farmacêutica.
Qual escolher?
Se o médico prescreveu o genérico: pode usar com segurança — é eficaz e mais acessível
Se o médico indicou o de referência: siga a recomendação, especialmente em tratamentos complexos
Se houver dúvida: converse com o farmacêutico para entender as opções disponíveis
Se o custo for um fator decisivo: o genérico é a melhor escolha, sem abrir mão da qualidade
Conclusão
Genéricos e medicamentos de referência têm a mesma função terapêutica. A escolha deve considerar a prescrição médica, o acesso financeiro e a confiança no produto. O mais importante é seguir o tratamento corretamente e buscar orientação profissional sempre que necessário.
Leia também: Como a saúde bucal influencia nas doenças cardíacas
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Check-up cardiológico antes de iniciar exercícios físicos
- outubro 10, 2025
- 9:00 am

Por que fazer um check-up cardiológico antes de começar uma nova atividade física
Iniciar uma nova rotina de exercícios é uma excelente decisão para a saúde mas antes de calçar o tênis e sair para correr, é fundamental garantir que o coração está preparado. O check-up cardiológico é uma etapa essencial para prevenir riscos, identificar possíveis limitações e orientar o tipo de atividade mais segura para cada perfil.
Essa avaliação é especialmente importante para pessoas acima dos 40 anos, sedentárias, com histórico familiar de doenças cardíacas ou que convivem com condições como hipertensão, diabetes ou colesterol alto.
O que é o check-up cardiológico
O check-up cardiológico é um conjunto de exames e avaliações médicas que verificam o funcionamento do coração e do sistema circulatório. Ele pode incluir:
Eletrocardiograma (ECG): avalia os batimentos cardíacos e identifica arritmias
Teste ergométrico: mede a resposta do coração ao esforço físico
Ecocardiograma: analisa a estrutura e o funcionamento do coração
Exames laboratoriais: colesterol, glicemia, triglicerídeos e marcadores inflamatórios
Avaliação clínica: histórico de saúde, sintomas e estilo de vida
Esses exames ajudam a detectar doenças silenciosas e orientar a prática segura de exercícios.
Por que o check-up é tão importante
Previne eventos cardíacos graves: como infarto, arritmias e morte súbita
Identifica limitações físicas: que exigem adaptações no treino
Personaliza o tipo de exercício: conforme a condição cardiovascular
Evita sobrecarga no coração: especialmente em atividades intensas
Gera mais segurança e confiança: tanto para o paciente quanto para o profissional que acompanha
Quem deve fazer antes de iniciar atividade física
Pessoas sedentárias há muito tempo
Idosos ou adultos acima dos 40 anos
Pacientes com hipertensão, diabetes ou colesterol alto
Pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas
Quem sente palpitações, falta de ar ou dor no peito durante esforço
E depois do check-up?
Com os resultados em mãos, o médico pode liberar a prática de exercícios ou recomendar ajustes. Em alguns casos, é indicado começar com atividades leves, como caminhada, pilates ou hidroginástica. O acompanhamento com cardiologista e educador físico é essencial para garantir evolução segura.
Conclusão
O check-up cardiológico é um passo de cuidado e responsabilidade. Ele não impede a prática de exercícios — ao contrário, abre caminho para uma rotina saudável, segura e personalizada. Cuidar do coração antes de começar é o melhor jeito de garantir que ele acompanhe você por muito tempo.
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Pressão 12/8 agora é considerada pré-hipertensão
- outubro 3, 2025
- 9:00 am

Pressão 12/8 agora é considerada pré-hipertensão: entenda o novo critério
Durante muito tempo, a pressão arterial de 12/8 (ou 120/80 mmHg) foi considerada o padrão ideal de saúde cardiovascular. No entanto, diretrizes mais recentes da Sociedade Brasileira de Cardiologia e de entidades internacionais como a American Heart Association passaram a classificar esse valor como pré-hipertensão, ou pressão elevada, exigindo atenção preventiva.
Essa mudança não significa que 12/8 seja perigosa por si só, mas indica que o paciente está em uma zona de alerta — especialmente se houver outros fatores de risco como sedentarismo, obesidade, histórico familiar ou colesterol alto.
O que mudou nas diretrizes
As novas classificações da pressão arterial são:
Classificação | Pressão Sistólica | Pressão Diastólica |
---|---|---|
Normal | < 120 | < 80 |
Pré-hipertensão | 120–129 | < 80 |
Hipertensão estágio 1 | 130–139 | 80–89 |
Hipertensão estágio 2 | ≥ 140 | ≥ 90 |
Fontes: SBC, AHA, ACC A pressão 12/8 se enquadra na faixa de pré-hipertensão, o que exige mudanças no estilo de vida para evitar a progressão para hipertensão.
Por que essa mudança é importante
Prevenção precoce: quanto antes o paciente adotar hábitos saudáveis, menor o risco de complicações.
Redução de eventos cardiovasculares: estudos mostram que mesmo pequenas elevações na pressão aumentam o risco de AVC e infarto.
Monitoramento mais rigoroso: pacientes com pressão entre 120–129 devem medir regularmente e evitar fatores agravantes.
Fatores que influenciam a pressão arterial
Alimentação rica em sal e gordura
Sedentarismo
Estresse crônico
Consumo excessivo de álcool
Tabagismo
Apneia do sono
Uso de medicamentos como corticoides e anti-inflamatórios
O que fazer se sua pressão for 12/8
Adote uma dieta cardioprotetora: rica em frutas, vegetais, grãos integrais e pobre em sódio.
Pratique atividade física regularmente: ao menos 150 minutos por semana.
Evite o consumo de álcool e cigarro
Controle o peso corporal
Monitore a pressão com frequência: idealmente em casa, com aparelhos validados.
Consulte um médico: para avaliação completa e orientação personalizada.
Conclusão
A pressão 12/8 não é mais considerada “perfeita”, ela sinaliza um estágio inicial de risco cardiovascular. Com mudanças simples e acompanhamento médico, é possível manter a saúde do coração e evitar a progressão para hipertensão.