Quetiapina: O que é, para que serve e quais cuidados tomar?
- fevereiro 18, 2025
- 9:42 am

A quetiapina é um medicamento antipsicótico amplamente prescrito no tratamento de diversas condições psiquiátricas, oferecendo alívio para pacientes com distúrbios como a esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão maior. Se você ou alguém próximo recebeu uma prescrição de quetiapina, é fundamental entender como o medicamento funciona, quais são seus benefícios e os possíveis efeitos colaterais, garantindo assim um tratamento seguro e eficaz.
O que é a quetiapina?
A quetiapina pertence à classe dos antipsicóticos atípicos ou de segunda geração, uma classe de medicamentos amplamente utilizada devido ao seu perfil de efeitos colaterais relativamente mais favorável se comparado aos antipsicóticos de primeira geração. Esses medicamentos atuam no sistema nervoso central, equilibrando substâncias químicas essenciais, como a dopamina e a serotonina, que são cruciais para regular o humor, comportamento e o pensamento.
Para que serve a quetiapina?
A quetiapina é indicada para o tratamento de várias condições psiquiátricas e pode ser usada de diferentes formas, dependendo do quadro clínico:
Esquizofrenia: A quetiapina é eficaz no controle de sintomas psicóticos, como alucinações, delírios e pensamentos desorganizados.
Transtorno Bipolar: Ela é utilizada para estabilizar o humor, ajudando tanto a controlar episódios de mania (quando o paciente se encontra em um estado de euforia e agitação) quanto a tratar a fase depressiva do transtorno bipolar.
Depressão Maior: Quando o tratamento com antidepressivos não é eficaz, a quetiapina pode ser empregada como adjuvante no tratamento da depressão resistente a outros medicamentos.
Transtornos de Ansiedade e Insônia: Embora não seja a primeira escolha, a quetiapina também pode ser prescrita em doses baixas para o tratamento de alguns tipos de transtornos de ansiedade e problemas com insônia.
Como a quetiapina funciona?
A quetiapina age no cérebro bloqueando ou modulando os receptores de dopamina e serotonina. A dopamina está relacionada ao controle das emoções, motivação e comportamento, enquanto a serotonina afeta o humor, o sono e a digestão. Ao equilibrar essas substâncias, a quetiapina ajuda a reduzir os sintomas psicóticos e estabiliza o humor, promovendo alívio tanto em episódios maníacos quanto em episódios depressivos.
Como tomar quetiapina?
A quetiapina é administrada por via oral, geralmente em comprimidos de liberação imediata ou prolongada, e a dose exata deve ser determinada pelo médico com base na condição tratada e na resposta individual do paciente. As orientações médicas devem ser seguidas rigorosamente, pois ajustes inadequados na dose podem comprometer a eficácia do tratamento ou aumentar o risco de efeitos colaterais. Nunca ajuste a dose por conta própria ou interrompa o uso sem consultar um profissional de saúde.
Possíveis efeitos colaterais
Como qualquer medicamento, a quetiapina pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns incluem:
- Sonolência: Um dos efeitos mais frequentes, especialmente nas primeiras semanas de tratamento.
- Tontura: Pode ocorrer, particularmente ao se levantar rapidamente.
- Boca seca: Sensação desconfortável de boca seca pode ocorrer.
- Ganho de peso: O aumento de peso pode ser um efeito colateral, o que deve ser monitorado regularmente.
- Alterações nos níveis de colesterol e glicose: Pode ocorrer um aumento nos níveis de glicose e colesterol no sangue.
- Constipação intestinal: Um efeito colateral possível que pode afetar o conforto do paciente.
Em casos mais raros, podem ocorrer complicações mais sérias, como:
- Movimentos involuntários (síndrome extrapiramidal): Movimentos anormais que podem afetar a coordenação motora.
- Alterações cardíacas: Mudanças no ritmo cardíaco que precisam de monitoramento.
- Síndrome neuroléptica maligna: Uma condição rara e grave que exige atendimento médico imediato.
Se você notar qualquer sintoma incomum ou preocupante, informe seu médico de imediato para ajustar o tratamento conforme necessário.
Cuidados e contraindicações
A quetiapina, embora eficaz, exige cuidados especiais durante o tratamento. Algumas precauções e contraindicações incluem:
- Álcool: Evite o consumo de álcool enquanto estiver tomando quetiapina, pois ele pode potencializar os efeitos sedativos do medicamento, aumentando o risco de sonolência excessiva e comprometendo suas funções motoras.
- Histórico de problemas cardíacos, diabetes ou problemas hepáticos: Informe seu médico caso tenha algum desses problemas, pois o uso da quetiapina pode necessitar de ajustes específicos no tratamento.
- Gravidez e amamentação: O uso de quetiapina durante a gravidez e a amamentação deve ser evitado, a menos que seja absolutamente necessário e sob rigorosa orientação médica.
- Idosos com demência: Pacientes idosos com demência têm maior risco de sofrer eventos adversos graves, como problemas cardiovasculares e risco aumentado de morte, portanto, o uso de quetiapina deve ser cuidadosamente monitorado.
Acompanhamento profissional é essencial
A quetiapina é uma ferramenta poderosa no tratamento de diversas condições psiquiátricas, mas seu uso deve sempre ser acompanhado por profissionais de saúde qualificados. O acompanhamento regular garante que os efeitos colaterais sejam monitorados, a dosagem seja ajustada conforme necessário, e que o tratamento seja integrado de forma eficaz com outras terapias, caso necessário.
Como a Dose Certa pode ajudar?
Para garantir a administração segura e eficiente da quetiapina, o serviço Raia Dose Certa pode ser uma solução ideal. O serviço organiza seus medicamentos em sachês individuais, identificados com o dia e horário corretos para o consumo, o que ajuda a evitar erros de dosagem. Além disso, o suporte farmacêutico está disponível para esclarecer dúvidas e acompanhar o seu tratamento, oferecendo mais segurança e tranquilidade.
Com a Raia Dose Certa, você pode contar com um acompanhamento contínuo e garantir que o tratamento com quetiapina seja realizado da maneira mais segura e eficaz possível.
Acesse a bula completa da quetiapina aqui.

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Quem toma memantina pode beber? Entenda os riscos
- julho 21, 2025
- 8:56 am

Quem toma memantina pode beber? Entenda a relação entre o medicamento e o álcool
Durante o uso de medicamentos neurológicos, como a memantina, é comum surgirem dúvidas sobre o que pode ou não ser feito no dia a dia. Uma das perguntas mais frequentes é: “quem está tomando memantina pode beber?”
Neste post, a Dose Certa explica como o álcool interage com a memantina, quais os riscos envolvidos e o que dizem os especialistas sobre essa combinação.
O que é a memantina?
A memantina é um medicamento indicado principalmente no tratamento da doença de Alzheimer em estágio moderado a grave. Ela atua no sistema nervoso central como um antagonista dos receptores NMDA (N-metil-D-aspartato), ajudando a regular a atividade do glutamato, uma substância envolvida em funções cognitivas como memória, aprendizado e atenção.
Seu uso visa reduzir os sintomas cognitivos e comportamentais, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e ajudando no controle da progressão da doença.
Álcool e memantina: o que pode acontecer?
O álcool também atua no sistema nervoso central, e seu uso combinado com a memantina pode provocar efeitos adversos como:
Sonolência excessiva
Tontura
Confusão mental
Queda da pressão arterial
Alterações no equilíbrio e na coordenação
Risco aumentado de quedas, especialmente em idosos
Além disso, o álcool pode potencializar os efeitos sedativos da memantina, interferindo na capacidade de concentração e julgamento, o que é especialmente preocupante em pacientes com comprometimento cognitivo.
O álcool pode prejudicar o tratamento com memantina?
Sim. O uso frequente de bebidas alcoólicas pode atrapalhar os efeitos terapêuticos da memantina, reduzindo sua eficácia e até agravando os sintomas da demência.
Outro ponto importante é que o álcool também pode afetar o fígado, que é responsável por metabolizar muitos medicamentos, podendo alterar a forma como a memantina age no organismo, ainda que sua metabolização principal seja renal.
Além disso, pacientes com Alzheimer podem ter mais sensibilidade aos efeitos do álcool, tornando a combinação ainda mais arriscada.
É proibido beber tomando memantina?
Embora não haja uma proibição expressa nas bulas, a maioria dos profissionais de saúde desaconselha o uso de álcool durante o tratamento com memantina, especialmente em pacientes idosos e com algum grau de comprometimento cognitivo.
O ideal é conversar com o médico responsável para entender se há alguma flexibilidade no seu caso, considerando o quadro clínico, o estágio da doença e outros medicamentos em uso.
Quantas horas depois de beber posso tomar memantina?
Não existe um intervalo padrão definido. O tempo necessário para o álcool ser eliminado do organismo depende de fatores como:
A quantidade ingerida
A velocidade do metabolismo
A função renal do paciente (fator importante para quem usa memantina)
Em geral, para um consumo leve e ocasional, pode-se considerar um intervalo de 12 a 24 horas entre o uso do álcool e a medicação. No entanto, essa estimativa é apenas um parâmetro genérico. A recomendação sempre deve vir do médico assistente.
Conclusão
Se você ou alguém próximo está em tratamento com memantina, o mais seguro é evitar o consumo de álcool. Essa combinação pode reduzir a eficácia do tratamento, aumentar os riscos de efeitos colaterais e comprometer a saúde, especialmente em idosos.
Quando o assunto é saúde cognitiva, todo cuidado conta. Em caso de dúvidas, converse sempre com seu médico ou farmacêutico.

Conheça mais sobre a Dose Certa
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O papel do sono na regulação da glicemia
- julho 18, 2025
- 8:00 am

Sono e glicemia: qual é a relação?
Quando falamos em controle glicêmico, o primeiro pensamento costuma ser a alimentação ou o uso de medicamentos. Mas há um fator muitas vezes negligenciado que tem um impacto profundo no metabolismo: o sono.
Dormir mal, seja por poucas horas, sono fragmentado ou insônia crônica pode desregular a produção de insulina, o hormônio responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue. Com o tempo, esse desequilíbrio aumenta o risco de resistência à insulina, pré-diabetes e diabetes tipo 2.
Dormir bem, por outro lado, ajuda o corpo a funcionar em equilíbrio, favorecendo não apenas o controle glicêmico, mas também o sistema imunológico, a memória, o humor e a saúde cardiovascular.
O que a ciência diz sobre isso
Estudos têm demonstrado que a privação de sono está diretamente associada à alteração da sensibilidade à insulina. Segundo a Harvard Medical School (2022), adultos que dormem menos de seis horas por noite apresentam maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, mesmo quando seguem uma alimentação saudável.
Outro estudo, publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, mostrou que apenas uma semana de sono ruim já é suficiente para causar alterações significativas no metabolismo da glicose, mesmo em pessoas sem diagnóstico prévio.
Ou seja, noites mal dormidas não apenas aumentam a glicemia momentaneamente, como também favorecem um quadro metabólico de longo prazo que exige atenção.
Por que o sono afeta o metabolismo
Durante o sono, o corpo realiza uma série de processos que são fundamentais para o equilíbrio hormonal. Entre eles, destacam-se:
Regulação da insulina e da glicose
Liberação controlada de cortisol (hormônio do estresse)
Redução da inflamação sistêmica
Controle da fome e da saciedade por meio dos hormônios grelina e leptina
Quando o sono é interrompido ou insuficiente, esses processos são afetados. O corpo interpreta a falta de sono como um estado de alerta, liberando mais cortisol, o que aumenta a glicemia e estimula o apetite, especialmente por alimentos ricos em açúcar e gordura.
Dicas para melhorar o sono e cuidar da glicemia
Pequenas mudanças de hábito podem melhorar significativamente a qualidade do sono e, por consequência, o equilíbrio glicêmico:
Tente dormir e acordar sempre nos mesmos horários
Evite o uso de telas (celular, TV, computador) pelo menos 1 hora antes de dormir
Reduza o consumo de cafeína e álcool à noite
Pratique atividade física regularmente, mas não muito próximo da hora de dormir
Mantenha o ambiente escuro, silencioso e com temperatura agradável
Se possível, busque acompanhamento profissional em casos de insônia persistente
Lembre-se: dormir bem não é um luxo, é parte essencial do cuidado com a saúde.
Como a Dose Certa ajuda no controle do tratamento
Para quem vive com diabetes ou pré-diabetes, o controle da glicemia vai além da alimentação. Ele envolve a organização rigorosa do tratamento, e é aí que a Dose Certa faz a diferença.
Com os medicamentos organizados por dia e horário, em caixinhas personalizadas, a Dose Certa reduz o risco de esquecimentos e facilita o acompanhamento do tratamento, inclusive por cuidadores ou familiares. Isso traz mais segurança, constância e tranquilidade na rotina.
Aliar uma boa noite de sono à adesão correta ao tratamento é uma forma eficaz de viver com mais qualidade.
Conclusão
O sono é um regulador natural do organismo e tem um papel direto no controle da glicemia. Ignorar esse fator é deixar de cuidar de uma peça fundamental do metabolismo.
Com informação, rotina organizada e atenção aos sinais do corpo, é possível conquistar noites mais tranquilas e um dia a dia com mais equilíbrio. A saúde começa pelo que fazemos sempre, e dormir bem é uma das escolhas mais poderosas que podemos fazer.
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Entenda: o que são doenças crônicas?
- julho 15, 2025
- 8:00 am

O que define uma doença crônica
Doenças crônicas são condições de saúde que persistem por longos períodos, geralmente por mais de três meses, e que requerem cuidado contínuo. Diferente de doenças agudas, que costumam ter início e fim definidos, as crônicas não têm cura na maioria dos casos, mas podem ser controladas com o tratamento adequado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas doenças são responsáveis por cerca de 74% das mortes no mundo. Entre as mais comuns estão hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, doenças respiratórias crônicas, doenças reumáticas, obesidade e algumas condições neurológicas.
Quais são os principais tipos
As doenças crônicas podem afetar diferentes sistemas do corpo. Veja alguns exemplos frequentes:
Hipertensão arterial
Diabetes tipo 1 e tipo 2
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Asma
Insuficiência cardíaca
Doenças reumáticas, como artrite reumatoide
Doença renal crônica
Depressão e transtornos de ansiedade
Câncer (em algumas formas de evolução prolongada)
Essas condições têm causas multifatoriais, que podem incluir predisposição genética, estilo de vida, alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo e exposição ambiental.
Por que é importante falar sobre isso
Mesmo sendo tão comuns, muitas doenças crônicas ainda são negligenciadas ou mal compreendidas. Por serem silenciosas no início, algumas só são diagnosticadas tardiamente, quando já há complicações.
Além disso, o cuidado com essas condições exige acompanhamento constante, uso correto de medicamentos, mudanças no estilo de vida e, muitas vezes, o suporte de uma equipe multiprofissional.
Falar sobre doenças crônicas é uma forma de promover o autocuidado, combater a desinformação e incentivar o diagnóstico precoce que faz toda a diferença na qualidade de vida.
O papel do tratamento contínuo
Controlar uma doença crônica não é apenas tomar o remédio quando há sintomas. É manter uma rotina de cuidado estruturada e regular.
Isso inclui:
Uso correto dos medicamentos, nas doses e horários certos
Consultas periódicas com médicos e outros profissionais de saúde
Adaptação da alimentação e prática de atividade física
Monitoramento de exames e sinais de alerta
Apoio psicológico, quando necessário
Sem esse acompanhamento, o risco de complicações aumenta — como no caso da hipertensão, que pode levar a infartos ou AVCs, ou do diabetes mal controlado, que pode causar problemas nos rins, visão e circulação.
Como a Dose Certa pode ajudar
Para quem convive com uma doença crônica, organizar o uso dos medicamentos é um desafio diário. A Dose Certa facilita essa rotina com caixinhas personalizadas, separando os comprimidos por dia e horário, o que reduz esquecimentos, trocas e falhas no tratamento.
Além disso, o serviço acompanha as datas de renovação e entrega, garantindo que o cuidado continue sem interrupções. Isso é especialmente importante para pacientes que usam muitos medicamentos ou contam com a ajuda de cuidadores.
Conclusão
As doenças crônicas fazem parte da vida de milhões de brasileiros, mas com o cuidado certo, é possível conviver com qualidade, segurança e autonomia. Entender essas condições é o primeiro passo para assumir o protagonismo no cuidado com a saúde.
Com informação confiável, apoio profissional e organização, o tratamento contínuo se torna mais leve e viver bem se torna possível.
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Coartem Baby: novo tratamento infantil contra malária
- julho 11, 2025
- 4:44 pm

Um avanço histórico no combate à malária infantil
A malária continua sendo uma das principais causas de morte em crianças menores de cinco anos em regiões endêmicas. Estima-se que, só em 2022, a doença tenha sido responsável por cerca de 600 mil mortes no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em um passo importante para mudar esse cenário, a farmacêutica Novartis anunciou, em julho de 2025, a aprovação do Coartem Baby pelas autoridades regulatórias da Suíça. Trata-se do primeiro tratamento antimalárico aprovado especificamente para bebês com peso inferior a 4,5 kg — um grupo até então desassistido pelas terapias disponíveis.
O que é o Coartem Baby
O Coartem Baby é uma nova formulação do medicamento Coartem, já utilizado há anos no tratamento da malária causada pelo Plasmodium falciparum. A combinação dos princípios ativos artemeter e lumefantrina continua presente, mas a formulação foi adaptada para atender com segurança e eficácia recém-nascidos e lactentes de baixo peso.
Esse público é especialmente vulnerável não apenas à infecção pela malária, mas também aos efeitos adversos de medicamentos inadequados ou mal dosados, o que torna essa aprovação um marco na saúde pediátrica.
Por que essa aprovação é tão relevante
Até agora, não havia nenhum medicamento com aprovação regulatória específica para tratar malária em crianças com menos de 4,5 kg, o que representava um grande desafio para médicos e famílias em áreas de alta transmissão da doença.
A nova formulação preenche essa lacuna terapêutica e pode salvar milhares de vidas, sobretudo na África Subsaariana, onde a malária é endêmica e a maioria dos casos graves ocorre em crianças pequenas.
O que vem a seguir
A aprovação na Suíça representa o primeiro passo para a liberação global do Coartem Baby. Segundo a Novartis, o próximo foco é garantir a homologação emergencial do medicamento em pelo menos oito países africanos que participaram dos estudos clínicos de fase III: Burkina Faso, Costa do Marfim, Quênia, Malaui, Moçambique, Nigéria, Tanzânia e Uganda.
A empresa também se comprometeu a oferecer o tratamento em regime predominantemente não lucrativo, facilitando o acesso em regiões de maior vulnerabilidade.
E o Brasil?
Embora o medicamento ainda não tenha sido aprovado pela Anvisa, o Coartem Baby representa uma inovação importante que pode, no futuro, ser incorporada ao tratamento de malária no Brasil, especialmente nas regiões da Amazônia Legal, onde a doença ainda tem alta incidência.
O país já adota estratégias eficazes de combate à malária por meio do SUS, com testagem rápida e tratamento gratuito. A chegada de uma formulação segura para lactentes de baixo peso poderá ampliar ainda mais o alcance dessas políticas públicas.
Conclusão
A aprovação do Coartem Baby representa um avanço real na luta contra a malária e uma resposta concreta para proteger os bebês mais vulneráveis. É também um lembrete de como a ciência, quando voltada à equidade, pode salvar vidas e transformar o acesso à saúde em regiões de maior risco.
A expectativa agora é de que o medicamento chegue a quem mais precisa, de forma rápida e acessível.
Leia mais:
https://www.raiadosecerta.com.br/blog
Fontes:
Conselho Federal de Farmácia (CFF) – cff.org.br
Novartis – Comunicado oficial à imprensa (Julho 2025)
Organização Mundial da Saúde (OMS) – World Malaria Report, 2023