Mounjaro: respondendo as principais dúvidas
- maio 6, 2025
- 10:20 am
O que é o Mounjaro e quando ele chega ao Brasil?
O Mounjaro (tirzepatida), medicamento inovador da farmacêutica Eli Lilly, foi aprovado pela Anvisa em setembro de 2023 para o tratamento do diabetes tipo 2. Sua chegada às farmácias brasileiras está prevista para a primeira quinzena de maio de 2025, com expectativa de disponibilidade nacional até o dia 15. (O GLOBO, UOL)
Como o Mounjaro funciona?
O Mounjaro é um medicamento injetável de aplicação semanal que atua como um agonista duplo dos hormônios GLP-1 e GIP. Essa combinação estimula a produção de insulina, reduz a produção de glucagon pelo fígado e retarda o esvaziamento gástrico, promovendo maior saciedade. Esses mecanismos auxiliam no controle da glicemia e na redução do apetite, contribuindo para a perda de peso.
Para que o Mounjaro é indicado no Brasil?
Atualmente, o Mounjaro está aprovado no Brasil exclusivamente para o tratamento do diabetes tipo 2. Nos Estados Unidos, a mesma substância é aprovada também para o tratamento da obesidade, sob o nome comercial Zepbound. (O GLOBO)
Como o Mounjaro deve ser administrado e quais são as dosagens?
O Mounjaro é administrado por via subcutânea, uma vez por semana, utilizando uma caneta de aplicação descartável. As doses disponíveis no Brasil serão de 2,5 mg e 5 mg, indicadas para o início do tratamento. Doses mais altas, como 7,5 mg, 10 mg, 12,5 mg e 15 mg, estão previstas para serem disponibilizadas posteriormente.
Quais são os efeitos colaterais e contraindicações do Mounjaro?
Os efeitos colaterais mais comuns do Mounjaro incluem náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, constipação, refluxo gastroesofágico, fadiga e hipoglicemia (especialmente quando associado a outros medicamentos antidiabéticos). O medicamento é contraindicado para pessoas com histórico de carcinoma medular de tireoide ou síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2, além de gestantes. Essas precauções são baseadas em estudos pré-clínicos que mostraram aumento de tumores em roedores.
Qual é a diferença entre Mounjaro e Ozempic?
A tirzepatida (princípio ativo do Mounjaro) e a semaglutida (princípio ativo do Ozempic) pertencem à mesma classe de medicamentos: os análogos de GLP-1. Eles recebem esse nome porque simulam um hormônio chamado GLP-1. Porém, enquanto a substância do Ozempic reproduz apenas a ação do GLP-1, a do Mounjaro é um duplo agonista — simula o GLP-1 e um outro semelhante, o GIP. Por isso, a tirzepatida é considerada uma nova geração dos medicamentos.
Quanto custa o Mounjaro no Brasil?
O Mounjaro estará disponível nas farmácias brasileiras a partir da primeira quinzena de maio de 2025. Os preços variam conforme a dosagem e o canal de compra:
2,5 mg: R$ 1.406,75 (e-commerce) a R$ 1.506,76 (lojas físicas) para participantes do programa Lilly Melhor Para Você. (CNN Brasil)
5 mg: R$ 1.759,64 (e-commerce) a R$ 1.859,65 (lojas físicas) para participantes do programa Lilly Melhor Para Você. (CNN Brasil)
Fora do programa, os preços podem chegar a R$ 1.907,29 (2,5 mg) e R$ 2.384,34 (5 mg).
Precisa de receita médica para comprar o Mounjaro?
Sim. A venda do Mounjaro no Brasil exige receita médica com retenção, conforme determinação da Anvisa. Essa medida visa garantir o uso adequado do medicamento e evitar o consumo indiscriminado, especialmente para fins estéticos.
Quais são as considerações finais sobre o uso do Mounjaro?
O Mounjaro representa uma nova opção no tratamento do diabetes tipo 2, com potencial adicional para auxiliar na perda de peso. No entanto, seu uso deve ser restrito às indicações aprovadas e sempre sob orientação médica, considerando os possíveis efeitos colaterais e contraindicações.
Nota: As informações fornecidas neste artigo são baseadas em dados disponíveis até a data de publicação e podem estar sujeitas a atualizações. Consulte sempre um profissional de saúde para orientações específicas sobre tratamentos médicos.
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Como as disfunções hormonais podem impactar sua vida diária
- abril 29, 2025
- 8:00 am
Como as disfunções hormonais podem impactar sua vida diária
As disfunções hormonais são condições que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo, muitas vezes de forma silenciosa e gradativa, mas com um impacto profundo no dia a dia. Para aqueles que enfrentam problemas endócrinos crônicos, como hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos (SOP), diabetes, distúrbios da adrenal ou menopausa precoce, as mudanças no corpo podem ser desafiadoras e frequentemente afetam vários aspectos da vida.
Embora muitas pessoas possam sentir os efeitos dessas condições de maneiras diferentes, a verdade é que os hormônios têm um papel vital no funcionamento do corpo. Eles regulam uma série de processos essenciais, incluindo o metabolismo, o humor, o sono e até mesmo a maneira como o corpo lida com o estresse. Quando algo sai do lugar, as consequências podem ser abrangentes e impactar diretamente na qualidade de vida.
Como as disfunções hormonais afetam o corpo?
Os hormônios são mensageiros químicos que regulam praticamente todos os aspectos da nossa saúde. Desde o controle do apetite até a regulação do sono, passando pelo humor, metabolismo e fertilidade, eles estão constantemente em ação para manter o corpo equilibrado. Quando há desequilíbrios hormonais, as funções corporais podem ser alteradas, levando a sintomas que variam de pessoa para pessoa.
Pessoas com disfunções hormonais podem sentir uma gama de sintomas, como:
Fadiga extrema: O cansaço persistente, mesmo após uma boa noite de sono, é um sintoma comum de distúrbios hormonais, como hipotireoidismo ou síndrome de Cushing.
Mudanças de humor e ansiedade: Flutuações hormonais, como as causadas pela menopausa ou SOP, podem desencadear sentimentos de ansiedade, depressão e irritabilidade.
Alterações no peso: Ganho de peso ou dificuldade para perder peso é um efeito frequente de desequilíbrios hormonais, especialmente em condições como o hipotiroidismo e a síndrome dos ovários policísticos.
Problemas de sono: Insônia e dificuldade para adormecer são comuns em casos de distúrbios da tireoide e problemas relacionados ao cortisol.
Dores de cabeça e enxaquecas: Mudanças nos níveis hormonais podem desencadear dores de cabeça frequentes, afetando o desempenho no trabalho ou em outras atividades cotidianas.
Esses sintomas, entre outros, podem afetar significativamente a produtividade, o relacionamento com amigos e familiares e a qualidade de vida geral. É importante entender que os efeitos dessas condições podem ser amenizados com o tratamento adequado e mudanças no estilo de vida.
O impacto no trabalho e na rotina
Pessoas com distúrbios hormonais frequentemente enfrentam dificuldades no ambiente de trabalho devido à fadiga constante, mudanças de humor e dificuldade em se concentrar. A falta de energia, somada ao estresse de tentar gerenciar sintomas invisíveis, pode levar a uma queda na produtividade e aumentar o risco de absenteísmo.
A sensação de exaustão e dificuldade de concentração pode fazer com que as tarefas diárias, simples em outros momentos, se tornem difíceis de executar. O cansaço pode ser tão intenso que até mesmo uma rotina de trabalho leve se torna um desafio. E, quando o estresse e a ansiedade são fatores exacerbados pelos desequilíbrios hormonais, a falta de foco e produtividade pode se tornar ainda mais significativa.
Além disso, o aumento do peso e as mudanças de humor podem afetar as interações sociais no trabalho. Algumas pessoas podem se sentir incomodadas ou isoladas devido a essas mudanças, criando uma sensação de desconforto emocional e até prejudicando a autoestima.
Como melhorar a qualidade de vida com disfunções hormonais?
Embora os sintomas das disfunções hormonais possam ser desafiadores, existem várias estratégias que podem ajudar a minimizar o impacto no dia a dia. Aqui estão algumas sugestões que podem melhorar a qualidade de vida:
1. Ajustes na alimentação
Uma alimentação balanceada pode ser um dos maiores aliados no controle das disfunções hormonais. Incluir alimentos ricos em fibras, gorduras saudáveis, proteínas magras e micronutrientes essenciais pode ajudar a equilibrar os níveis hormonais e melhorar o metabolismo. Além disso, evitar o consumo excessivo de alimentos processados, açúcares refinados e gorduras saturadas pode diminuir inflamações e ajudar no controle de sintomas.
2. Prática regular de exercícios físicos
Exercícios são fundamentais para regular os hormônios. A prática de atividades físicas regulares, como caminhada, yoga, musculação ou natação, pode melhorar a produção de endorfina, que alivia os sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, os exercícios ajudam no controle de peso e melhoram a disposição e o sono.
3. Sono de qualidade
O sono tem um impacto direto na regulação hormonal. Uma boa noite de descanso pode ajudar a equilibrar os níveis de cortisol e garantir uma recuperação adequada do corpo. Criar uma rotina de sono saudável, evitando o uso de telas antes de dormir e mantendo um ambiente tranquilo, pode ajudar na qualidade do sono.
4. Controle do estresse
O estresse é um grande inimigo das pessoas com disfunções hormonais. Técnicas de relaxamento, como meditação, mindfulness, respiração profunda e práticas de autocompaixão podem ser muito eficazes para reduzir os efeitos do estresse no corpo. Essas práticas ajudam a equilibrar os níveis de cortisol e promovem o bem-estar emocional.
5. Acompanhamento médico regular
É essencial que as pessoas com disfunções hormonais sigam as orientações médicas de forma rigorosa. Exames regulares e acompanhamento com um endocrinologista ajudam a monitorar a saúde hormonal e ajustam os tratamentos conforme necessário.
Como lidar com os desafios emocionais
Lidar com disfunções hormonais pode ser desafiador não só fisicamente, mas também emocionalmente. É comum que as pessoas se sintam frustradas, estressadas ou até mesmo deprimidas com os efeitos dessas condições, especialmente quando os sintomas são crônicos e difíceis de controlar. A chave é buscar apoio emocional, seja com amigos, familiares ou até terapeutas especializados.
Participar de grupos de apoio ou se conectar com outras pessoas que estão passando pela mesma experiência também pode ajudar a reduzir o isolamento e aumentar o entendimento sobre como lidar com os desafios diários.
Conclusão
Viver com disfunções hormonais pode ser desafiador, mas com as estratégias certas, é possível melhorar a qualidade de vida e minimizar os impactos desses desequilíbrios. A chave está em adotar um estilo de vida equilibrado, que inclua boa alimentação, exercícios, sono de qualidade e gerenciamento do estresse. Além disso, o acompanhamento médico contínuo é essencial para controlar a condição e manter o bem-estar a longo prazo.
Com o apoio certo e as mudanças adequadas, é possível continuar com uma rotina produtiva, emocionalmente estável e fisicamente saudável, apesar das disfunções hormonais.
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Prevenção de doenças: como manter-se saudável a longo prazo
- abril 25, 2025
- 8:00 am
Prevenção de doenças: como manter-se saudável a longo prazo
Manter-se saudável a longo prazo é uma prioridade para muitas pessoas, mas a correria do dia a dia e o estresse da vida moderna muitas vezes nos afastam dos hábitos que realmente fazem diferença. A prevenção de doenças, seja por meio de uma alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos ou acompanhamento médico regular, é o caminho mais eficaz para evitar problemas de saúde no futuro. Em vez de esperar os sintomas aparecerem, adotar hábitos saudáveis de forma contínua pode reduzir drasticamente o risco de doenças crônicas, melhorar a qualidade de vida e garantir mais disposição e vitalidade.
Prevenir doenças não se resume a evitar apenas doenças graves como câncer ou doenças cardíacas, mas também a manter um bem-estar geral. A ideia é adotar um estilo de vida que, além de proteger contra doenças, também contribua para o aumento da longevidade e da qualidade de vida.
Entendendo a prevenção: mais que cuidados médicos
Muitas vezes, associamos prevenção à visita ao médico ou à realização de exames periódicos. No entanto, a verdadeira prevenção começa com o autocuidado diário. Comer de forma saudável, praticar atividades físicas, dormir o suficiente e gerenciar o estresse são ações que têm um impacto direto na prevenção de várias condições de saúde, incluindo as doenças mais comuns e fatais, como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos.
Adotar um estilo de vida saudável pode parecer um desafio no início, mas ao longo do tempo, esses hábitos se tornam parte do seu dia a dia, trazendo benefícios duradouros e evitando complicações mais sérias no futuro.
Alimentação saudável como pilar de prevenção
A alimentação é, sem dúvida, um dos pilares mais importantes para a prevenção de doenças. Uma dieta equilibrada ajuda a fortalecer o sistema imunológico, controla o peso corporal, previne doenças metabólicas e até melhora o humor. Comer de forma saudável não significa apenas escolher alimentos frescos e naturais, mas também adotar hábitos alimentares que reduzam o risco de doenças.
Entre os alimentos preventivos, destaque para os ricos em fibras, antioxidantes, vitaminas e minerais. Frutas, vegetais, grãos integrais, leguminosas e gorduras saudáveis (como abacate e azeite de oliva) devem ser consumidos regularmente. Alimentos processados, ricos em açúcar refinado e gordura trans, devem ser evitados, pois são fatores de risco para doenças crônicas como diabetes tipo 2, doenças cardíacas e obesidade.
Prática regular de exercícios físicos
O exercício físico é fundamental não apenas para a manutenção do peso, mas também para melhorar a saúde cardiovascular, fortalecer ossos e músculos, além de ser um ótimo aliado na prevenção de doenças como hipertensão, diabetes e câncer. A prática regular de atividades físicas melhora a circulação sanguínea, aumenta os níveis de energia e contribui para o bom funcionamento do sistema digestivo.
É recomendado que os adultos façam pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana, o que pode ser distribuído ao longo da semana. Caminhadas, corridas, natação, musculação, yoga e até mesmo atividades simples como jardinagem ou dançar ajudam a prevenir doenças e a melhorar a saúde geral.
Gerenciamento do estresse e saúde mental
O estresse crônico é um dos maiores vilões da saúde a longo prazo. Ele pode contribuir para o desenvolvimento de doenças como hipertensão, doenças cardíacas, diabetes e até problemas gastrointestinais. Além disso, o estresse afeta a saúde mental, podendo levar a condições como depressão, ansiedade e insônia. Por isso, é essencial aprender a gerenciar o estresse e buscar atividades que promovam o equilíbrio emocional.
Práticas como meditação, mindfulness, técnicas de respiração, além de atividades prazerosas como passar tempo com a família, praticar hobbies ou simplesmente descansar, são fundamentais para manter a saúde mental em equilíbrio. Essas ações não apenas ajudam a aliviar o estresse, mas também fortalecem o sistema imunológico, prevenindo doenças.
A importância do sono para a prevenção de doenças
O sono tem um papel crucial na prevenção de doenças. Durante o sono, o corpo realiza reparações celulares e regeneração dos tecidos. A falta de sono adequado pode aumentar o risco de doenças cardíacas, diabetes, obesidade e até mesmo câncer. Além disso, o sono de qualidade tem um impacto direto no humor, produtividade e na capacidade de lidar com o estresse.
O ideal é dormir de 7 a 9 horas por noite e manter uma rotina de sono regular. Evitar o uso de aparelhos eletrônicos antes de dormir, reduzir a cafeína e criar um ambiente tranquilo e confortável para o descanso são medidas que podem melhorar a qualidade do sono.
Acompanhamento médico regular
Apesar de a prevenção começar com os cuidados diários, o acompanhamento médico regular também é fundamental. Consultas periódicas com seu médico de confiança são importantes para realizar exames preventivos e monitorar possíveis fatores de risco para doenças. A detecção precoce de doenças aumenta consideravelmente as chances de tratamento eficaz, caso necessário.
Além disso, o médico pode orientá-lo sobre os melhores hábitos de vida, com base em suas necessidades individuais e histórico de saúde familiar. Não deixe de fazer exames regulares, como exames de colesterol, glicemia, pressão arterial, além de exames de câncer, quando recomendados.
Importância da hidratação
A água é essencial para o funcionamento adequado do corpo. Ela ajuda na digestão, na eliminação de toxinas, no transporte de nutrientes e na regulação da temperatura corporal. A desidratação pode levar a problemas de saúde como infecções urinárias, pedras nos rins, fadiga e constipação.
O ideal é consumir cerca de 2 litros de água por dia, mas a necessidade pode variar dependendo da atividade física e do clima. Além da água, chás naturais e sucos frescos também são boas opções para manter a hidratação.
Conclusão: adotando hábitos preventivos para uma vida saudável
Manter-se saudável a longo prazo exige compromisso com escolhas diárias que promovem o bem-estar físico e mental. Adotar uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente, dormir o suficiente, gerenciar o estresse e manter acompanhamento médico contínuo são atitudes simples, mas poderosas, para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida.
Lembre-se: a verdadeira prevenção começa com pequenas ações no dia a dia, que, quando praticadas de forma constante, se transformam em hábitos que tornam a saúde uma prioridade constante. Com esses cuidados, você pode não apenas evitar doenças, mas também viver com mais energia, disposição e qualidade de vida ao longo dos anos.
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Como lidar com problemas comuns de digestão: azia, inchaço e constipação
- abril 21, 2025
- 8:00 am
Como lidar com problemas comuns de digestão: azia, inchaço e constipação
Problemas digestivos como azia, inchaço e constipação são mais comuns do que parecem — especialmente para quem convive com essas condições diariamente. Se você já se sentiu desconfortável após comer, teve dificuldade para ir ao banheiro ou sentiu aquele queimação no estômago, saiba que não está sozinho. A boa notícia é que existem formas eficazes e naturais de aliviar esses sintomas, melhorar a digestão e recuperar a qualidade de vida.
Neste post, vamos explorar causas, sinais de alerta e estratégias práticas para lidar com esses três vilões do bem-estar digestivo.
Entendendo a digestão e seus desequilíbrios
O processo digestivo começa na boca e termina no intestino. Qualquer falha nesse caminho pode gerar sintomas incômodos. O estresse, a alimentação desequilibrada, o uso excessivo de medicamentos, o sedentarismo e até o estilo de vida acelerado contribuem para o mau funcionamento do sistema digestivo.
Quem sofre com questões crônicas sabe que não se trata de um “desconforto passageiro”. É algo que interfere no humor, no sono e até nas relações sociais.
Azia: quando a queimação passa dos limites
A azia é uma sensação de queimação no peito ou na garganta, geralmente causada pelo refluxo do conteúdo ácido do estômago. Em casos crônicos, ela pode ser sintoma de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE).
Causas comuns:
Consumo de alimentos gordurosos ou ácidos
Comer em excesso ou muito rápido
Deitar logo após as refeições
Estresse e ansiedade
Obesidade ou sobrepeso
Como aliviar:
Fracionar as refeições: Coma em pequenas porções ao longo do dia
Evitar gatilhos: Reduza café, chocolate, álcool, frituras e refrigerantes
Elevar a cabeceira da cama: Dormir com o tronco levemente elevado ajuda a evitar o refluxo noturno
Chás digestivos: Camomila, erva-doce e espinheira-santa podem ajudar a aliviar a acidez
Inchaço: desconforto que vai além da aparência
O inchaço abdominal é a sensação de estômago “cheio”, estufado, muitas vezes acompanhado de gases. Pode ocorrer após as refeições, mesmo comendo pouco, e pode gerar sensação de peso e desconforto constante.
Possíveis causas:
Intolerâncias alimentares (como à lactose ou ao glúten)
Desequilíbrio da flora intestinal
Excesso de alimentos industrializados ou fermentativos
Ansiedade e má mastigação
O que pode ajudar:
Evite bebidas com gás e adoçantes artificiais
Inclua alimentos fermentados como kefir, kombucha ou iogurte natural para restaurar a microbiota
Masque bem os alimentos: A digestão começa na boca. Comer com calma é essencial
Evite chicletes e canudos, que aumentam a ingestão de ar
Constipação: o intestino preso que compromete a rotina
A constipação é caracterizada pela dificuldade de evacuar, fezes endurecidas ou sensação de evacuação incompleta. Além do desconforto físico, ela gera irritação, fadiga e sensação de peso constante.
Motivos frequentes:
Baixa ingestão de fibras e água
Falta de atividade física
Uso prolongado de laxantes
Ignorar a vontade de ir ao banheiro
Alterações hormonais
Estratégias naturais:
Aumente a ingestão de fibras solúveis e insolúveis: Frutas com casca, aveia, chia, linhaça e vegetais crus
Beba bastante água: Pelo menos 2 litros ao dia
Tenha um horário fixo para evacuar: Isso ajuda a “educar” o intestino
Mexa-se: Caminhadas diárias ou alongamentos estimulam o peristaltismo intestinal
O papel da alimentação na saúde digestiva
Não há segredo: o que você come tem impacto direto na forma como o seu corpo digere. Uma alimentação anti-inflamatória, rica em fibras, antioxidantes e nutrientes, é uma aliada poderosa no combate a problemas digestivos crônicos.
Alimentos que ajudam:
Mamão, abacaxi e ameixa
Gengibre, hortelã e cúrcuma
Água morna com limão em jejum
Caldos naturais, sopas leves e alimentos cozidos
Evite alimentos ultraprocessados, frituras e embutidos, que tendem a agravar os sintomas e dificultar a digestão.
A importância de escutar o corpo
Cada corpo é único. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. Por isso, manter um diário alimentar pode ser uma boa ideia para identificar gatilhos, padrões e alimentos que geram desconforto.
Além disso, é essencial prestar atenção aos sinais persistentes. Se você convive há muito tempo com azia, inchaço ou constipação, o ideal é procurar um profissional de saúde para investigar causas mais profundas.
Práticas complementares que fazem diferença
Além da alimentação e dos hábitos diários, outras práticas podem melhorar significativamente a saúde digestiva:
Respiração profunda e meditação para reduzir o estresse
Acupuntura e massagem abdominal para alívio de sintomas
Probióticos (sob orientação) para equilibrar a flora intestinal
Jejum intermitente leve, se indicado, para dar um descanso ao sistema digestivo
Conclusão: alívio real com escolhas conscientes
Viver com problemas digestivos crônicos não precisa ser uma sentença de desconforto diário. Com ajustes simples na rotina, atenção ao que o corpo diz e estratégias naturais, é possível aliviar azia, inchaço e constipação de forma sustentável.
Pequenas mudanças, como escolher melhor os alimentos, comer com mais calma, se movimentar e respeitar os sinais do corpo, podem transformar sua relação com a digestão — e com a sua qualidade de vida.
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Hipertensão emocional: o que é, sintomas e como controlar
- abril 16, 2025
- 1:48 pm
Hipertensão emocional: o que é, sintomas e como controlar
Você já sentiu o coração acelerar ou a pressão subir depois de um momento de estresse, ansiedade ou susto? Esse tipo de reação pode estar relacionado à hipertensão emocional, uma condição comum que, apesar de parecer passageira, pode trazer riscos à saúde se não for controlada.
Neste artigo, você vai entender o que é a pressão alta emocional, quais são os sintomas mais comuns, como diferenciar de uma hipertensão crônica e, principalmente, como cuidar da mente e do corpo para evitar esses picos de pressão.
O que é hipertensão emocional?
A hipertensão emocional é um aumento temporário da pressão arterial causado por fatores emocionais, como estresse, ansiedade, medo ou raiva. Ela não é considerada uma doença crônica, mas sim uma reação do corpo a situações de tensão intensa.
Essa elevação da pressão pode acontecer com qualquer pessoa, mesmo aquelas que não têm histórico de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Em geral, os picos são passageiros, mas quando ocorrem com frequência, merecem atenção.
O que acontece com o corpo durante uma crise?
Em momentos de tensão, o corpo ativa o chamado “modo de alerta” (resposta de luta ou fuga), liberando hormônios como adrenalina e cortisol. Esses hormônios provocam:
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Aumento da frequência cardíaca
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Contração dos vasos sanguíneos
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Elevação da pressão arterial
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Respiração mais rápida
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Tensão muscular
Esse processo é natural e ajuda a reagir rapidamente em situações de perigo. O problema é quando ele acontece com frequência, em situações cotidianas, como trânsito, problemas no trabalho ou discussões familiares.
Quais são os sintomas da hipertensão emocional?
Os sintomas da hipertensão emocional são muito parecidos com os da hipertensão comum. Os mais relatados são:
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Dor de cabeça súbita
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Tontura
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Palpitações (batimentos acelerados ou irregulares)
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Sensação de pressão na nuca
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Visão embaçada
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Falta de ar
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Suor excessivo
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Ansiedade intensa ou sensação de descontrole
Esses sintomas costumam surgir de forma repentina, logo após um evento estressante ou uma crise emocional, e podem durar alguns minutos ou horas, dependendo do caso.
Hipertensão emocional x Hipertensão crônica: qual a diferença?
A principal diferença entre elas é a frequência e a causa do aumento da pressão:
Característica | Hipertensão Emocional | Hipertensão Crônica |
---|---|---|
Causa | Emoções intensas | Fatores genéticos, estilo de vida |
Duração | Temporária | Contínua |
Pressão alta persistente? | Não | Sim |
Uso de medicamentos | Nem sempre necessário | Necessário a longo prazo |
Diagnóstico | Por exclusão | Confirmado por medições regulares |
Se os episódios de pressão alta forem frequentes, é importante fazer um acompanhamento médico para verificar se há risco de desenvolver hipertensão arterial sistêmica.
Quais os riscos da hipertensão emocional?
Mesmo sendo passageira, a hipertensão emocional pode sobrecarregar o coração e aumentar o risco de:
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Infarto
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Acidente Vascular Cerebral (AVC)
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Arritmias cardíacas
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Crises de pânico
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Insônia e esgotamento mental
Além disso, quando ignorada por muito tempo, ela pode evoluir para um quadro de hipertensão crônica, especialmente em pessoas com predisposição genética.
Como controlar a pressão emocional?
A boa notícia é que a hipertensão emocional pode ser controlada com mudanças no estilo de vida e atenção à saúde emocional. Veja algumas estratégias eficazes:
1. Cuide do seu emocional diariamente
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Pratique meditação, respiração profunda ou yoga
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Faça psicoterapia para lidar melhor com emoções difíceis
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Identifique gatilhos de estresse e busque formas de evitá-los
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Reserve momentos de descanso e lazer todos os dias
2. Tenha uma alimentação equilibrada
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Reduza o consumo de sal, gordura e alimentos ultraprocessados
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Aumente a ingestão de frutas, verduras, grãos integrais e alimentos ricos em magnésio
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Beba bastante água
3. Pratique atividade física regularmente
O exercício físico ajuda a regular os níveis de hormônios do estresse, melhora a circulação e reduz a pressão arterial.
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Caminhadas leves
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Dança
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Natação
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Pilates ou alongamentos
4. Durma bem
A privação de sono aumenta os níveis de cortisol e favorece a hipertensão emocional. Tente manter uma rotina de sono com pelo menos 7 a 8 horas por noite.
5. Em casos mais intensos, procure orientação médica
Em alguns casos, pode ser necessário o uso temporário de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos, sempre com orientação de um profissional da saúde mental ou clínico.
Quem tem hipertensão emocional pode doar sangue?
Sim, desde que esteja com a pressão normal no momento da triagem e não esteja em uso de medicamentos que impeçam a doação. A hipertensão emocional não é uma contraindicação definitiva, mas o ideal é que a pessoa esteja calma e em boas condições no dia da doação.
👉 Para saber mais sobre esse tema, confira:
Quem tem hipertensão pode doar sangue?
Conclusão: é possível viver bem com hipertensão emocional
A hipertensão emocional é um alerta do corpo de que algo não vai bem no campo emocional. Ela não deve ser ignorada, mas também não é motivo para pânico. Com atenção à saúde mental, boas práticas no dia a dia e, se necessário, apoio profissional, é possível controlar os sintomas e proteger o coração.