Dose Certa

Como funciona

Mounjaro: respondendo as principais dúvidas

O que é o Mounjaro e quando ele chega ao Brasil?

O Mounjaro (tirzepatida), medicamento inovador da farmacêutica Eli Lilly, foi aprovado pela Anvisa em setembro de 2023 para o tratamento do diabetes tipo 2. Sua chegada às farmácias brasileiras está prevista para a primeira quinzena de maio de 2025, com expectativa de disponibilidade nacional até o dia 15. (O GLOBO, UOL)

Como o Mounjaro funciona?

O Mounjaro é um medicamento injetável de aplicação semanal que atua como um agonista duplo dos hormônios GLP-1 e GIP. Essa combinação estimula a produção de insulina, reduz a produção de glucagon pelo fígado e retarda o esvaziamento gástrico, promovendo maior saciedade. Esses mecanismos auxiliam no controle da glicemia e na redução do apetite, contribuindo para a perda de peso.

Para que o Mounjaro é indicado no Brasil?

Atualmente, o Mounjaro está aprovado no Brasil exclusivamente para o tratamento do diabetes tipo 2. Nos Estados Unidos, a mesma substância é aprovada também para o tratamento da obesidade, sob o nome comercial Zepbound. (O GLOBO)

Como o Mounjaro deve ser administrado e quais são as dosagens?

O Mounjaro é administrado por via subcutânea, uma vez por semana, utilizando uma caneta de aplicação descartável. As doses disponíveis no Brasil serão de 2,5 mg e 5 mg, indicadas para o início do tratamento. Doses mais altas, como 7,5 mg, 10 mg, 12,5 mg e 15 mg, estão previstas para serem disponibilizadas posteriormente.

Quais são os efeitos colaterais e contraindicações do Mounjaro?

Os efeitos colaterais mais comuns do Mounjaro incluem náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, constipação, refluxo gastroesofágico, fadiga e hipoglicemia (especialmente quando associado a outros medicamentos antidiabéticos). O medicamento é contraindicado para pessoas com histórico de carcinoma medular de tireoide ou síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2, além de gestantes. Essas precauções são baseadas em estudos pré-clínicos que mostraram aumento de tumores em roedores.

Qual é a diferença entre Mounjaro e Ozempic?

A tirzepatida (princípio ativo do Mounjaro) e a semaglutida (princípio ativo do Ozempic) pertencem à mesma classe de medicamentos: os análogos de GLP-1. Eles recebem esse nome porque simulam um hormônio chamado GLP-1. Porém, enquanto a substância do Ozempic reproduz apenas a ação do GLP-1, a do Mounjaro é um duplo agonista — simula o GLP-1 e um outro semelhante, o GIP. Por isso, a tirzepatida é considerada uma nova geração dos medicamentos.

Quanto custa o Mounjaro no Brasil?

O Mounjaro estará disponível nas farmácias brasileiras a partir da primeira quinzena de maio de 2025. Os preços variam conforme a dosagem e o canal de compra:

  • 2,5 mg: R$ 1.406,75 (e-commerce) a R$ 1.506,76 (lojas físicas) para participantes do programa Lilly Melhor Para Você. (CNN Brasil)

  • 5 mg: R$ 1.759,64 (e-commerce) a R$ 1.859,65 (lojas físicas) para participantes do programa Lilly Melhor Para Você. (CNN Brasil)

Fora do programa, os preços podem chegar a R$ 1.907,29 (2,5 mg) e R$ 2.384,34 (5 mg).

Precisa de receita médica para comprar o Mounjaro?

Sim. A venda do Mounjaro no Brasil exige receita médica com retenção, conforme determinação da Anvisa. Essa medida visa garantir o uso adequado do medicamento e evitar o consumo indiscriminado, especialmente para fins estéticos.

Quais são as considerações finais sobre o uso do Mounjaro?

O Mounjaro representa uma nova opção no tratamento do diabetes tipo 2, com potencial adicional para auxiliar na perda de peso. No entanto, seu uso deve ser restrito às indicações aprovadas e sempre sob orientação médica, considerando os possíveis efeitos colaterais e contraindicações.

Nota: As informações fornecidas neste artigo são baseadas em dados disponíveis até a data de publicação e podem estar sujeitas a atualizações. Consulte sempre um profissional de saúde para orientações específicas sobre tratamentos médicos.

Artigos relacionados:

cardioa
Check-up cardiológico antes de iniciar exercícios físicos
Antes de iniciar uma nova atividade física, é essencial fazer um check-up cardiológico. Veja os exames indicados e os benefícios para a saúde do coração.

Check-up cardiológico antes de iniciar exercícios físicos

Por que fazer um check-up cardiológico antes de começar uma nova atividade física

Iniciar uma nova rotina de exercícios é uma excelente decisão para a saúde mas antes de calçar o tênis e sair para correr, é fundamental garantir que o coração está preparado. O check-up cardiológico é uma etapa essencial para prevenir riscos, identificar possíveis limitações e orientar o tipo de atividade mais segura para cada perfil.

Essa avaliação é especialmente importante para pessoas acima dos 40 anos, sedentárias, com histórico familiar de doenças cardíacas ou que convivem com condições como hipertensão, diabetes ou colesterol alto.

O que é o check-up cardiológico

O check-up cardiológico é um conjunto de exames e avaliações médicas que verificam o funcionamento do coração e do sistema circulatório. Ele pode incluir:

  • Eletrocardiograma (ECG): avalia os batimentos cardíacos e identifica arritmias

  • Teste ergométrico: mede a resposta do coração ao esforço físico

  • Ecocardiograma: analisa a estrutura e o funcionamento do coração

  • Exames laboratoriais: colesterol, glicemia, triglicerídeos e marcadores inflamatórios

  • Avaliação clínica: histórico de saúde, sintomas e estilo de vida

Esses exames ajudam a detectar doenças silenciosas e orientar a prática segura de exercícios.

Por que o check-up é tão importante

  • Previne eventos cardíacos graves: como infarto, arritmias e morte súbita

  • Identifica limitações físicas: que exigem adaptações no treino

  • Personaliza o tipo de exercício: conforme a condição cardiovascular

  • Evita sobrecarga no coração: especialmente em atividades intensas

  • Gera mais segurança e confiança: tanto para o paciente quanto para o profissional que acompanha

Quem deve fazer antes de iniciar atividade física

  • Pessoas sedentárias há muito tempo

  • Idosos ou adultos acima dos 40 anos

  • Pacientes com hipertensão, diabetes ou colesterol alto

  • Pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas

  • Quem sente palpitações, falta de ar ou dor no peito durante esforço

E depois do check-up?

Com os resultados em mãos, o médico pode liberar a prática de exercícios ou recomendar ajustes. Em alguns casos, é indicado começar com atividades leves, como caminhada, pilates ou hidroginástica. O acompanhamento com cardiologista e educador físico é essencial para garantir evolução segura.

Conclusão

O check-up cardiológico é um passo de cuidado e responsabilidade. Ele não impede a prática de exercícios — ao contrário, abre caminho para uma rotina saudável, segura e personalizada. Cuidar do coração antes de começar é o melhor jeito de garantir que ele acompanhe você por muito tempo.

Artigos relacionados:

Please select another listing to show to avoid recursion.
prehipertensao
Pressão 12/8 agora é considerada pré-hipertensão
Doenças bucais como gengivite e periodontite aumentam o risco de problemas cardíacos graves.

Pressão 12/8 agora é considerada pré-hipertensão

Pressão 12/8 agora é considerada pré-hipertensão: entenda o novo critério

Durante muito tempo, a pressão arterial de 12/8 (ou 120/80 mmHg) foi considerada o padrão ideal de saúde cardiovascular. No entanto, diretrizes mais recentes da Sociedade Brasileira de Cardiologia e de entidades internacionais como a American Heart Association passaram a classificar esse valor como pré-hipertensão, ou pressão elevada, exigindo atenção preventiva.

Essa mudança não significa que 12/8 seja perigosa por si só, mas indica que o paciente está em uma zona de alerta — especialmente se houver outros fatores de risco como sedentarismo, obesidade, histórico familiar ou colesterol alto.

O que mudou nas diretrizes

As novas classificações da pressão arterial são:

ClassificaçãoPressão SistólicaPressão Diastólica
Normal< 120< 80
Pré-hipertensão120–129< 80
Hipertensão estágio 1130–13980–89
Hipertensão estágio 2≥ 140≥ 90
 

Fontes: SBC, AHA, ACC A pressão 12/8 se enquadra na faixa de pré-hipertensão, o que exige mudanças no estilo de vida para evitar a progressão para hipertensão.

Por que essa mudança é importante

  • Prevenção precoce: quanto antes o paciente adotar hábitos saudáveis, menor o risco de complicações.

  • Redução de eventos cardiovasculares: estudos mostram que mesmo pequenas elevações na pressão aumentam o risco de AVC e infarto.

  • Monitoramento mais rigoroso: pacientes com pressão entre 120–129 devem medir regularmente e evitar fatores agravantes.

Fatores que influenciam a pressão arterial

  • Alimentação rica em sal e gordura

  • Sedentarismo

  • Estresse crônico

  • Consumo excessivo de álcool

  • Tabagismo

  • Apneia do sono

  • Uso de medicamentos como corticoides e anti-inflamatórios

O que fazer se sua pressão for 12/8

  • Adote uma dieta cardioprotetora: rica em frutas, vegetais, grãos integrais e pobre em sódio.

  • Pratique atividade física regularmente: ao menos 150 minutos por semana.

  • Evite o consumo de álcool e cigarro

  • Controle o peso corporal

  • Monitore a pressão com frequência: idealmente em casa, com aparelhos validados.

  • Consulte um médico: para avaliação completa e orientação personalizada.

Conclusão

A pressão 12/8 não é mais considerada “perfeita”, ela sinaliza um estágio inicial de risco cardiovascular. Com mudanças simples e acompanhamento médico, é possível manter a saúde do coração e evitar a progressão para hipertensão.

Artigos relacionados:

Please select another listing to show to avoid recursion.
boca
Como a saúde bucal influencia nas doenças cardíacas
Doenças bucais como gengivite e periodontite aumentam o risco de problemas cardíacos graves.

Como a saúde bucal influencia nas doenças cardíacas

Saúde bucal e doenças cardíacas: como a inflamação oral pode afetar o coração

A saúde bucal vai muito além da estética ou da mastigação. Estudos recentes mostram que doenças como gengivite e periodontite podem ter impacto direto sobre o sistema cardiovascular. A boca é uma porta de entrada para bactérias que, em casos de inflamação persistente, podem alcançar a corrente sanguínea e afetar órgãos vitais — especialmente o coração.

Essa conexão entre saúde bucal e doenças cardíacas é cada vez mais reconhecida pela comunidade médica. Segundo a American Heart Association, pacientes com doenças periodontais têm até 25% mais risco de desenvolver problemas cardíacos. Entender essa relação é essencial para promover uma abordagem preventiva e integrada da saúde.

Como a boca influencia o coração

A cavidade oral abriga bilhões de bactérias. Em condições normais, elas convivem em equilíbrio com o organismo. Mas quando há inflamações, como a periodontite, esse equilíbrio se rompe. As bactérias podem entrar na circulação e provocar:

  • Formação de placas nas artérias, dificultando o fluxo sanguíneo.

  • Aumento da proteína C-reativa, um marcador inflamatório associado a risco cardiovascular.

  • Redução da elasticidade dos vasos, favorecendo a hipertensão.

  • Risco de endocardite infecciosa, uma inflamação no revestimento interno do coração.

Principais doenças bucais associadas a problemas cardíacos

  • Gengivite: inflamação da gengiva que pode evoluir para periodontite.

  • Periodontite: afeta os tecidos de sustentação dos dentes e pode causar perda dentária.

  • Cáries profundas: podem gerar infecções que se espalham pelo organismo.

  • Abscessos dentários: focos infecciosos que podem atingir a corrente sanguínea.

Essas condições, quando não tratadas, criam um ambiente propício para a disseminação de bactérias e inflamações sistêmicas.

Fatores de risco compartilhados

A saúde bucal e a saúde cardiovascular compartilham diversos fatores de risco:

  • Tabagismo

  • Diabetes tipo 2

  • Má alimentação

  • Sedentarismo

  • Estresse crônico

Esses fatores contribuem tanto para doenças periodontais quanto para problemas cardíacos. Por isso, o cuidado com a boca deve fazer parte de uma rotina de saúde integral.

Sinais de alerta

Alguns sintomas bucais podem indicar risco cardiovascular:

  • Sangramento gengival frequente

  • Mau hálito persistente

  • Dentes amolecidos

  • Gengivas retraídas ou inchadas

Se esses sinais estiverem presentes, é essencial procurar um dentista e, se necessário, um cardiologista. A prevenção começa com o diagnóstico precoce.

Como prevenir problemas bucais e cardíacos

  • Escove os dentes ao menos duas vezes ao dia com escova macia.

  • Use fio dental diariamente.

  • Evite o consumo excessivo de açúcar e alimentos ultraprocessados.

  • Realize visitas regulares ao dentista.

  • Mantenha uma rotina de exercícios físicos e alimentação equilibrada.

  • Controle o estresse e monitore a pressão arterial.

A saúde não pode ser compartimentalizada. Cuidar da boca é cuidar do coração.

Artigos relacionados:

Please select another listing to show to avoid recursion.
idosos
Desafios do envelhecimento no Dia Nacional dos Idosos
O Dia Nacional dos Idosos destaca os desafios do envelhecimento populacional e seus impactos no sistema de saúde.

Desafios do envelhecimento no Dia Nacional dos Idosos

Dia Nacional dos Idosos: como o envelhecimento populacional desafia o sistema de saúde

O Dia Nacional dos Idosos, celebrado em 1º de outubro, é mais do que uma data comemorativa — é um convite à reflexão sobre os desafios e oportunidades que o envelhecimento populacional impõe à sociedade brasileira. Em 2025, os idosos representam cerca de 15,6% da população, segundo o IBGE, e as projeções indicam que esse número pode ultrapassar 30% até 2050.

Esse crescimento acelerado exige mudanças estruturais no sistema de saúde, nas políticas públicas e na forma como a sociedade enxerga a longevidade. O Brasil precisa se preparar para oferecer não apenas mais anos de vida, mas mais qualidade de vida.

O que está por trás do envelhecimento populacional?

O aumento da expectativa de vida é resultado de avanços na medicina, campanhas de vacinação, maior acesso à informação e melhorias nas condições de vida. No entanto, viver mais não significa viver melhor. Muitos idosos enfrentam doenças crônicas, limitações físicas, isolamento social e dificuldades para acessar serviços básicos de saúde.

Além disso, o envelhecimento da população está diretamente ligado à queda na taxa de natalidade. Com menos jovens e mais idosos, o país precisa repensar sua estrutura previdenciária, sua força de trabalho e seus modelos de cuidado.

Os principais impactos no sistema de saúde

O sistema de saúde brasileiro, especialmente o SUS, enfrenta desafios significativos para atender às demandas da população idosa:

  • Doenças crônicas e degenerativas: hipertensão, diabetes, osteoporose, Alzheimer e outras condições exigem acompanhamento contínuo e multidisciplinar.

  • Falta de geriatras: há uma carência de profissionais especializados em saúde do idoso, o que gera filas e atendimento inadequado.

  • Infraestrutura limitada: muitos hospitais e unidades básicas não estão preparados para atender pacientes com mobilidade reduzida ou múltiplas comorbidades.

  • Medicamentos de uso contínuo: o acesso gratuito e regular a esses medicamentos ainda é um desafio em diversas regiões.

Políticas públicas em evolução

Nos últimos anos, algumas iniciativas têm buscado melhorar esse cenário:

  • Ampliação de programas de atenção domiciliar: o SUS tem investido em cuidados em casa para idosos com mobilidade limitada.

  • Centros de convivência: espaços comunitários oferecem atividades físicas, culturais e de socialização, promovendo saúde mental e autonomia.

  • Inclusão digital: programas de alfabetização digital ajudam idosos a se manterem conectados e informados — mais de 70% já estão online em 2025.

  • Leis estaduais e municipais: como a Lei 12.685/2023, que garante prioridade em teleconsultas para maiores de 60 anos.

O papel da família e da comunidade

Valorizar o idoso vai além de garantir atendimento médico. É preciso promover o respeito, a escuta ativa e o sentimento de pertencimento. Famílias, vizinhos e instituições devem colaborar para criar uma rede de apoio que favoreça o envelhecimento saudável.

A negligência e o abandono ainda são realidade: em 2025, dois idosos são deixados por dia em instituições de saúde após alta médica, sem que familiares retornem para buscá-los. Esse dado alarmante reforça a urgência de ações educativas e preventivas.

Como preparar o futuro?

O Dia Nacional dos Idosos é um lembrete de que todos nós, em algum momento, seremos parte dessa faixa etária. Investir em políticas públicas, capacitação profissional, infraestrutura e conscientização é investir no futuro de todos.

A longevidade ativa deve ser o objetivo: envelhecer com dignidade, autonomia e prazer. Para isso, é essencial que o sistema de saúde evolua junto com a população.

Artigos relacionados:

Please select another listing to show to avoid recursion.