Quem toma losartana pode beber? Entenda os riscos
- junho 23, 2025
- 5:24 pm

Quem toma losartana pode beber? Entenda a relação entre o medicamento e o álcool
Durante o tratamento com medicamentos para pressão arterial, como a losartana, é comum surgirem dúvidas sobre o que pode ou não ser feito. Uma das mais frequentes é: “posso beber se estiver tomando losartana?”
Neste post, a Dose Certa esclarece como o álcool interage com esse medicamento, quais os riscos envolvidos e o que os especialistas recomendam para manter o tratamento eficaz e seguro.
O que é a losartana?
A losartana é um medicamento indicado principalmente para o tratamento da hipertensão arterial (pressão alta). Também pode ser utilizada em casos de insuficiência cardíaca e proteção renal em pacientes com diabetes. Seu objetivo é relaxar os vasos sanguíneos, facilitando a circulação do sangue e ajudando a manter a pressão sob controle.
Álcool e losartana: o que pode acontecer?
O álcool também tem a capacidade de reduzir a pressão arterial de forma temporária. Quando combinado à losartana, que possui o mesmo efeito, essa ação pode ser intensificada, o que aumenta o risco de queda de pressão, tontura, fraqueza, desmaios e alterações na frequência cardíaca.
Ou seja, a combinação entre losartana e álcool pode potencializar os efeitos do medicamento de forma imprevisível, comprometendo a estabilidade do tratamento e colocando o paciente em risco.
A longo prazo, o álcool pode prejudicar o tratamento?
Sim. O consumo frequente de álcool pode interferir na eficácia da losartana, dificultando o controle da pressão. Também pode sobrecarregar o fígado e os rins, órgãos que participam do metabolismo e da eliminação do medicamento. Além disso, o álcool pode aumentar o risco de complicações cardiovasculares, principalmente em pessoas com histórico de pressão alta, arritmias ou outros problemas cardíacos.
É proibido beber tomando losartana?
Não há uma regra universal que proíba completamente o consumo de álcool durante o uso de losartana. No entanto, o consumo deve ser feito com muita moderação e apenas com a autorização do médico responsável.
Para algumas pessoas, mesmo pequenas quantidades de álcool podem interferir no tratamento. Por isso, é fundamental avisar o médico sobre o consumo de bebidas alcoólicas, evitar o álcool nas primeiras semanas de uso ou durante ajustes de dose, e observar possíveis reações ao combinar os dois. Nunca beba em excesso enquanto estiver em tratamento contínuo.
Quantas horas depois de beber posso tomar losartana?
O tempo de espera ideal pode variar de acordo com a quantidade de álcool consumida, a condição de saúde da pessoa e o horário habitual da medicação.
De forma geral, para consumo leve de álcool, recomenda-se aguardar pelo menos 12 a 24 horas antes de tomar a losartana. Em casos de consumo maior ou frequente, o ideal é evitar completamente a combinação e discutir a situação com o médico.
Como a losartana é um medicamento de uso contínuo, manter o ritmo do tratamento é essencial para controlar a pressão arterial com eficácia.
Leia também: Quem toma remédio controlado pode beber? Descubra aqui!
Conclusão
Se você toma losartana, o ideal é evitar o consumo de álcool ou conversar com seu médico antes de beber. Cada organismo responde de maneira diferente, e o mais importante é garantir que o tratamento seja feito com segurança, sem interferências que comprometam sua saúde.

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Check-up cardiológico antes de iniciar exercícios físicos
- outubro 10, 2025
- 9:00 am

Por que fazer um check-up cardiológico antes de começar uma nova atividade física
Iniciar uma nova rotina de exercícios é uma excelente decisão para a saúde mas antes de calçar o tênis e sair para correr, é fundamental garantir que o coração está preparado. O check-up cardiológico é uma etapa essencial para prevenir riscos, identificar possíveis limitações e orientar o tipo de atividade mais segura para cada perfil.
Essa avaliação é especialmente importante para pessoas acima dos 40 anos, sedentárias, com histórico familiar de doenças cardíacas ou que convivem com condições como hipertensão, diabetes ou colesterol alto.
O que é o check-up cardiológico
O check-up cardiológico é um conjunto de exames e avaliações médicas que verificam o funcionamento do coração e do sistema circulatório. Ele pode incluir:
Eletrocardiograma (ECG): avalia os batimentos cardíacos e identifica arritmias
Teste ergométrico: mede a resposta do coração ao esforço físico
Ecocardiograma: analisa a estrutura e o funcionamento do coração
Exames laboratoriais: colesterol, glicemia, triglicerídeos e marcadores inflamatórios
Avaliação clínica: histórico de saúde, sintomas e estilo de vida
Esses exames ajudam a detectar doenças silenciosas e orientar a prática segura de exercícios.
Por que o check-up é tão importante
Previne eventos cardíacos graves: como infarto, arritmias e morte súbita
Identifica limitações físicas: que exigem adaptações no treino
Personaliza o tipo de exercício: conforme a condição cardiovascular
Evita sobrecarga no coração: especialmente em atividades intensas
Gera mais segurança e confiança: tanto para o paciente quanto para o profissional que acompanha
Quem deve fazer antes de iniciar atividade física
Pessoas sedentárias há muito tempo
Idosos ou adultos acima dos 40 anos
Pacientes com hipertensão, diabetes ou colesterol alto
Pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas
Quem sente palpitações, falta de ar ou dor no peito durante esforço
E depois do check-up?
Com os resultados em mãos, o médico pode liberar a prática de exercícios ou recomendar ajustes. Em alguns casos, é indicado começar com atividades leves, como caminhada, pilates ou hidroginástica. O acompanhamento com cardiologista e educador físico é essencial para garantir evolução segura.
Conclusão
O check-up cardiológico é um passo de cuidado e responsabilidade. Ele não impede a prática de exercícios — ao contrário, abre caminho para uma rotina saudável, segura e personalizada. Cuidar do coração antes de começar é o melhor jeito de garantir que ele acompanhe você por muito tempo.
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Pressão 12/8 agora é considerada pré-hipertensão
- outubro 3, 2025
- 9:00 am

Pressão 12/8 agora é considerada pré-hipertensão: entenda o novo critério
Durante muito tempo, a pressão arterial de 12/8 (ou 120/80 mmHg) foi considerada o padrão ideal de saúde cardiovascular. No entanto, diretrizes mais recentes da Sociedade Brasileira de Cardiologia e de entidades internacionais como a American Heart Association passaram a classificar esse valor como pré-hipertensão, ou pressão elevada, exigindo atenção preventiva.
Essa mudança não significa que 12/8 seja perigosa por si só, mas indica que o paciente está em uma zona de alerta — especialmente se houver outros fatores de risco como sedentarismo, obesidade, histórico familiar ou colesterol alto.
O que mudou nas diretrizes
As novas classificações da pressão arterial são:
Classificação | Pressão Sistólica | Pressão Diastólica |
---|---|---|
Normal | < 120 | < 80 |
Pré-hipertensão | 120–129 | < 80 |
Hipertensão estágio 1 | 130–139 | 80–89 |
Hipertensão estágio 2 | ≥ 140 | ≥ 90 |
Fontes: SBC, AHA, ACC A pressão 12/8 se enquadra na faixa de pré-hipertensão, o que exige mudanças no estilo de vida para evitar a progressão para hipertensão.
Por que essa mudança é importante
Prevenção precoce: quanto antes o paciente adotar hábitos saudáveis, menor o risco de complicações.
Redução de eventos cardiovasculares: estudos mostram que mesmo pequenas elevações na pressão aumentam o risco de AVC e infarto.
Monitoramento mais rigoroso: pacientes com pressão entre 120–129 devem medir regularmente e evitar fatores agravantes.
Fatores que influenciam a pressão arterial
Alimentação rica em sal e gordura
Sedentarismo
Estresse crônico
Consumo excessivo de álcool
Tabagismo
Apneia do sono
Uso de medicamentos como corticoides e anti-inflamatórios
O que fazer se sua pressão for 12/8
Adote uma dieta cardioprotetora: rica em frutas, vegetais, grãos integrais e pobre em sódio.
Pratique atividade física regularmente: ao menos 150 minutos por semana.
Evite o consumo de álcool e cigarro
Controle o peso corporal
Monitore a pressão com frequência: idealmente em casa, com aparelhos validados.
Consulte um médico: para avaliação completa e orientação personalizada.
Conclusão
A pressão 12/8 não é mais considerada “perfeita”, ela sinaliza um estágio inicial de risco cardiovascular. Com mudanças simples e acompanhamento médico, é possível manter a saúde do coração e evitar a progressão para hipertensão.
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Como a saúde bucal influencia nas doenças cardíacas
- outubro 3, 2025
- 8:00 am

Saúde bucal e doenças cardíacas: como a inflamação oral pode afetar o coração
A saúde bucal vai muito além da estética ou da mastigação. Estudos recentes mostram que doenças como gengivite e periodontite podem ter impacto direto sobre o sistema cardiovascular. A boca é uma porta de entrada para bactérias que, em casos de inflamação persistente, podem alcançar a corrente sanguínea e afetar órgãos vitais — especialmente o coração.
Essa conexão entre saúde bucal e doenças cardíacas é cada vez mais reconhecida pela comunidade médica. Segundo a American Heart Association, pacientes com doenças periodontais têm até 25% mais risco de desenvolver problemas cardíacos. Entender essa relação é essencial para promover uma abordagem preventiva e integrada da saúde.
Como a boca influencia o coração
A cavidade oral abriga bilhões de bactérias. Em condições normais, elas convivem em equilíbrio com o organismo. Mas quando há inflamações, como a periodontite, esse equilíbrio se rompe. As bactérias podem entrar na circulação e provocar:
Formação de placas nas artérias, dificultando o fluxo sanguíneo.
Aumento da proteína C-reativa, um marcador inflamatório associado a risco cardiovascular.
Redução da elasticidade dos vasos, favorecendo a hipertensão.
Risco de endocardite infecciosa, uma inflamação no revestimento interno do coração.
Principais doenças bucais associadas a problemas cardíacos
Gengivite: inflamação da gengiva que pode evoluir para periodontite.
Periodontite: afeta os tecidos de sustentação dos dentes e pode causar perda dentária.
Cáries profundas: podem gerar infecções que se espalham pelo organismo.
Abscessos dentários: focos infecciosos que podem atingir a corrente sanguínea.
Essas condições, quando não tratadas, criam um ambiente propício para a disseminação de bactérias e inflamações sistêmicas.
Fatores de risco compartilhados
A saúde bucal e a saúde cardiovascular compartilham diversos fatores de risco:
Tabagismo
Diabetes tipo 2
Má alimentação
Sedentarismo
Estresse crônico
Esses fatores contribuem tanto para doenças periodontais quanto para problemas cardíacos. Por isso, o cuidado com a boca deve fazer parte de uma rotina de saúde integral.
Sinais de alerta
Alguns sintomas bucais podem indicar risco cardiovascular:
Sangramento gengival frequente
Mau hálito persistente
Dentes amolecidos
Gengivas retraídas ou inchadas
Se esses sinais estiverem presentes, é essencial procurar um dentista e, se necessário, um cardiologista. A prevenção começa com o diagnóstico precoce.
Como prevenir problemas bucais e cardíacos
Escove os dentes ao menos duas vezes ao dia com escova macia.
Use fio dental diariamente.
Evite o consumo excessivo de açúcar e alimentos ultraprocessados.
Realize visitas regulares ao dentista.
Mantenha uma rotina de exercícios físicos e alimentação equilibrada.
Controle o estresse e monitore a pressão arterial.
A saúde não pode ser compartimentalizada. Cuidar da boca é cuidar do coração.
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Desafios do envelhecimento no Dia Nacional dos Idosos
- outubro 1, 2025
- 11:55 am

Dia Nacional dos Idosos: como o envelhecimento populacional desafia o sistema de saúde
O Dia Nacional dos Idosos, celebrado em 1º de outubro, é mais do que uma data comemorativa — é um convite à reflexão sobre os desafios e oportunidades que o envelhecimento populacional impõe à sociedade brasileira. Em 2025, os idosos representam cerca de 15,6% da população, segundo o IBGE, e as projeções indicam que esse número pode ultrapassar 30% até 2050.
Esse crescimento acelerado exige mudanças estruturais no sistema de saúde, nas políticas públicas e na forma como a sociedade enxerga a longevidade. O Brasil precisa se preparar para oferecer não apenas mais anos de vida, mas mais qualidade de vida.
O que está por trás do envelhecimento populacional?
O aumento da expectativa de vida é resultado de avanços na medicina, campanhas de vacinação, maior acesso à informação e melhorias nas condições de vida. No entanto, viver mais não significa viver melhor. Muitos idosos enfrentam doenças crônicas, limitações físicas, isolamento social e dificuldades para acessar serviços básicos de saúde.
Além disso, o envelhecimento da população está diretamente ligado à queda na taxa de natalidade. Com menos jovens e mais idosos, o país precisa repensar sua estrutura previdenciária, sua força de trabalho e seus modelos de cuidado.
Os principais impactos no sistema de saúde
O sistema de saúde brasileiro, especialmente o SUS, enfrenta desafios significativos para atender às demandas da população idosa:
Doenças crônicas e degenerativas: hipertensão, diabetes, osteoporose, Alzheimer e outras condições exigem acompanhamento contínuo e multidisciplinar.
Falta de geriatras: há uma carência de profissionais especializados em saúde do idoso, o que gera filas e atendimento inadequado.
Infraestrutura limitada: muitos hospitais e unidades básicas não estão preparados para atender pacientes com mobilidade reduzida ou múltiplas comorbidades.
Medicamentos de uso contínuo: o acesso gratuito e regular a esses medicamentos ainda é um desafio em diversas regiões.
Políticas públicas em evolução
Nos últimos anos, algumas iniciativas têm buscado melhorar esse cenário:
Ampliação de programas de atenção domiciliar: o SUS tem investido em cuidados em casa para idosos com mobilidade limitada.
Centros de convivência: espaços comunitários oferecem atividades físicas, culturais e de socialização, promovendo saúde mental e autonomia.
Inclusão digital: programas de alfabetização digital ajudam idosos a se manterem conectados e informados — mais de 70% já estão online em 2025.
Leis estaduais e municipais: como a Lei 12.685/2023, que garante prioridade em teleconsultas para maiores de 60 anos.
O papel da família e da comunidade
Valorizar o idoso vai além de garantir atendimento médico. É preciso promover o respeito, a escuta ativa e o sentimento de pertencimento. Famílias, vizinhos e instituições devem colaborar para criar uma rede de apoio que favoreça o envelhecimento saudável.
A negligência e o abandono ainda são realidade: em 2025, dois idosos são deixados por dia em instituições de saúde após alta médica, sem que familiares retornem para buscá-los. Esse dado alarmante reforça a urgência de ações educativas e preventivas.
Como preparar o futuro?
O Dia Nacional dos Idosos é um lembrete de que todos nós, em algum momento, seremos parte dessa faixa etária. Investir em políticas públicas, capacitação profissional, infraestrutura e conscientização é investir no futuro de todos.
A longevidade ativa deve ser o objetivo: envelhecer com dignidade, autonomia e prazer. Para isso, é essencial que o sistema de saúde evolua junto com a população.