O papel da musicoterapia no bem-estar de idosos
- julho 8, 2025
- 8:00 am
Envelhecer com qualidade de vida
Envelhecer é um processo natural e pode, e deve, ser vivido com dignidade, saúde e prazer. Para isso, o cuidado com o bem-estar físico e emocional precisa ir além dos medicamentos e incluir abordagens que promovam sentido e conexão.
É nesse contexto que a musicoterapia vem ganhando destaque. Trata-se de uma prática que usa a música como recurso terapêutico, com efeitos positivos especialmente entre pessoas idosas.
Mais do que ouvir canções, é um processo estruturado conduzido por profissionais capacitados, que pode contribuir para a memória, o humor, a socialização e até para o alívio de sintomas físicos.
O que é musicoterapia
A musicoterapia é uma abordagem terapêutica reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela utiliza elementos sonoros, como ritmo, melodia, harmonia e silêncio, com objetivos clínicos definidos.
Aplicada por musicoterapeutas formados, pode acontecer de forma individual ou em grupo. A prática pode envolver ouvir músicas, cantar, tocar instrumentos, improvisar ou compor, dependendo das necessidades e possibilidades de cada pessoa.
Em idosos, especialmente aqueles que vivem com doenças crônicas, demências ou sintomas como ansiedade e depressão, os efeitos da musicoterapia podem ser significativos.
Benefícios da musicoterapia na terceira idade
Estudos realizados nos últimos anos apontam diversos benefícios da musicoterapia para o público idoso. Entre os principais estão:
Estímulo à memória e à linguagem: canções familiares ativam regiões cerebrais ligadas à lembrança, mesmo em quadros de demência.
Redução da ansiedade e do estresse: o contato com a música pode reduzir os níveis de cortisol, ajudando no relaxamento.
Melhora do humor: cantar ou tocar um instrumento ativa o sistema de recompensa cerebral, favorecendo a liberação de dopamina.
Promoção da interação social: sessões em grupo incentivam o vínculo entre os participantes e ajudam a combater o isolamento.
Alívio da dor crônica: há evidências de que a musicoterapia pode contribuir na regulação da dor, principalmente em cuidados paliativos.
Apoio ao sono e à regulação do ritmo circadiano: músicas calmas ajudam a induzir o relaxamento e melhoram a qualidade do sono.
Musicoterapia e demência: o poder da lembrança
A musicoterapia tem ganhado espaço em instituições que cuidam de pessoas com Alzheimer e outras formas de demência. Isso ocorre porque as lembranças musicais tendem a permanecer acessíveis, mesmo em fases mais avançadas da doença. Elas ativam memórias afetivas e ajudam a manter a identidade e o vínculo com o presente.
Canções que marcaram momentos da juventude, músicas religiosas, folclóricas ou regionais podem ser usadas de forma estratégica, respeitando a história e o repertório cultural da pessoa idosa.
Onde a prática pode ser aplicada
A musicoterapia pode ser oferecida em diferentes contextos:
ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos)
Consultórios ou clínicas multidisciplinares
Centros-dia ou espaços de convivência
Atendimento domiciliar individual
Hospitais ou serviços de cuidados paliativos
O importante é que a atividade seja conduzida por um profissional com formação em musicoterapia, respeitando as condições físicas, cognitivas e emocionais de cada paciente.
Como a Dose Certa contribui nesse cuidado
O bem-estar do idoso depende de uma rede de cuidado que vai além do uso correto de medicamentos, embora este também seja um pilar essencial.
Com a Dose Certa, idosos e cuidadores contam com um sistema de organização dos remédios por dia e horário. Isso reduz o risco de esquecimentos, duplicações ou trocas acidentais, tornando o tratamento mais seguro e eficiente.
Aliada à musicoterapia e a outras práticas de promoção de saúde, essa organização permite um cuidado mais leve, acolhedor e com mais qualidade de vida.
Conclusão
A música tem o poder de acessar memórias, despertar emoções e restaurar o senso de presença. Essas qualidades fazem da musicoterapia uma ferramenta valiosa para o envelhecimento saudável.
Quando bem conduzida, ela ajuda o idoso a se conectar consigo mesmo, com sua história e com o mundo ao redor. Um cuidado que, como a Dose Certa, considera o ser humano em sua totalidade.
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O efeito da mudança de estação no organismo
- dezembro 16, 2025
- 8:38 am
Introdução: o nosso relógio biológico
O corpo humano é uma máquina extraordinariamente adaptável, mas é profundamente influenciado pelas mudanças ambientais que ocorrem ao longo do ano. Somos regidos pelo Ritmo Circadiano, nosso relógio biológico interno que responde primariamente à luz solar e regula funções essenciais como o sono, a produção hormonal e o metabolismo. Quando as estações mudam, com variações na temperatura, umidade e, crucialmente, no tempo de exposição solar, nosso organismo é forçado a se reajustar. Essas transições podem afetar tudo, desde o nosso humor até a nossa imunidade.
O impacto da luz e da melatonina
A mudança na duração dos dias é o fator que mais diretamente afeta o nosso corpo:
Menos Luz (Outono/Inverno): A redução da exposição solar, especialmente nos meses mais frios, leva à produção prolongada de melatonina (o hormônio do sono). Isso pode resultar em sonolência durante o dia, fadiga e, em alguns indivíduos, no Transtorno Afetivo Sazonal (TAS) – uma forma de depressão ligada à falta de luz. A falta de sol também diminui a produção de Vitamina D, crucial para a saúde óssea e o sistema imunológico.
Mais Luz (Primavera/Verão): O aumento das horas de luz inibe a melatonina, resultando em uma maior sensação de energia e vigília. Embora isso seja geralmente positivo, pode perturbar o sono de quem tem horários noturnos tardios. A maior exposição solar, por sua vez, aumenta a produção de Vitamina D, melhorando o humor e a função imunológica.
Imunidade e alergias: a transição sazonal
A mudança de estação é frequentemente associada a picos de doenças respiratórias e alergias.
Inverno: O frio e o tempo seco facilitam a permanência dos vírus no ar e nos obrigam a passar mais tempo em ambientes fechados com pouca ventilação, aumentando a exposição a patógenos. O estresse imunológico é maior.
Primavera: Esta estação é o palco principal das alergias. A mudança de temperatura e o aumento da polinização liberam grandes quantidades de alérgenos (pólen) no ar. O corpo reage com rinite alérgica, conjuntivite e asma, sobrecarregando o sistema imunológico com uma resposta de hipersensibilidade.
Metabolismo e hidratação
As necessidades metabólicas do nosso corpo mudam drasticamente entre as estações:
Inverno: O corpo trabalha mais para manter a temperatura interna (termogênese), o que pode aumentar a necessidade calórica. Há uma tendência natural a procurar alimentos mais densos e gordurosos.
Verão: A regulação da temperatura passa a focar-se no resfriamento através da transpiração. O risco de desidratação aumenta exponencialmente, e a necessidade de repor eletrólitos torna-se vital. O metabolismo basal pode ser ligeiramente mais lento, mas a atividade física, se praticada, costuma ser mais intensa.
Saúde mental e adaptação
Além do TAS, a transição entre estações exige um esforço mental e social. Há quem experimente a chamada “fadiga primaveril”, um cansaço inexplicável ligado à desregulação hormonal.
Dicas de Adaptação: Para mitigar os efeitos negativos, é essencial manter a higiene do sono (ir para a cama e acordar nos mesmos horários), garantir uma exposição solar diária segura (para otimizar a Vitamina D), aumentar a hidratação no calor e reforçar a dieta com frutas e vegetais da época. Em caso de mudanças severas de humor, a consulta médica é fundamental.
Conclusão: sintonize-se com a natureza
Nosso corpo está intrinsecamente ligado aos ciclos da natureza. Estar ciente das mudanças hormonais, imunológicas e metabólicas que a mudança de estação desencadeia permite-nos fazer ajustes preventivos no estilo de vida. Ao respeitar o ritmo da natureza e do nosso próprio corpo, garantimos uma transição mais suave e um estado de saúde mais robusto ao longo de todo o ano.
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O efeito do stress crônico no coração
- dezembro 12, 2025
- 8:00 am
Introdução: o stress moderno e o seu preço
O stress não é apenas uma sensação; é uma resposta fisiológica poderosa e primitiva que, historicamente, ajudava os humanos a lutar ou a fugir do perigo. No entanto, no mundo moderno, o “perigo” é frequentemente substituído por prazos, problemas financeiros ou conflitos interpessoais. Quando esta resposta é acionada repetidamente, tornando-se stress crónico, o nosso corpo nunca tem tempo para relaxar. O coração, o órgão mais sensível a esta tensão constante, paga um preço elevado. Entender a ligação entre a mente stressada e o coração sobrecarregado é crucial para a prevenção cardiovascular.
A fisiologia do stress: a cascata de hormonas
Quando o stress agudo ocorre, o corpo liberta uma cascata de hormonas que preparam o corpo para a ação. Este mecanismo, essencial para a sobrevivência, é mediado principalmente por duas hormonas:
Adrenalina (Epinefrina): Causa um aumento imediato na frequência cardíaca e na força das contrações do músculo cardíaco, além de elevar a pressão arterial.
Cortisol: Conhecido como a “hormona do stress”, o cortisol aumenta o açúcar no sangue (glicose) para fornecer energia rápida. Quando libertado cronicamente, ele mantém o corpo num estado de alerta e inflamação constante.
No stress crónico, estes níveis hormonais permanecem elevados. O coração e os vasos sanguíneos são forçados a trabalhar continuamente sob pressão excessiva.
O impacto direto no sistema cardiovascular
O stress crónico não afeta o coração apenas indiretamente (por maus hábitos); ele causa danos fisiológicos diretos ao longo do tempo:
Hipertensão (Pressão Alta): A adrenalina e o cortisol causam a vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos) e aumentam o volume de sangue a ser bombeado. Com o tempo, esta pressão constante enfraquece as artérias, levando à hipertensão arterial crónica, um dos principais fatores de risco para enfarte e AVC.
Inflamação Crónica: O cortisol elevado sustenta a inflamação sistémica. Esta inflamação pode levar à formação e instabilidade de placas de ateroma (depósitos de gordura) nas paredes das artérias, acelerando o processo de aterosclerose (endurecimento das artérias).
Arritmias: O coração, constantemente estimulado por níveis altos de adrenalina, pode desenvolver distúrbios do ritmo cardíaco, como a fibrilação auricular, aumentando o risco de coágulos e AVC.
Cardiomiopatia de Takotsubo (Síndrome do Coração Partido): Em casos de stress emocional intenso e repentino, pode ocorrer uma condição rara, mas grave, onde o stress causa o enfraquecimento repentino e temporário do músculo cardíaco.
O elo indireto: stress e hábitos de risco
O stress crónico também sabota o coração ao nos levar a adotar comportamentos pouco saudáveis como mecanismos de coping (enfrentamento):
Alimentação Emocional: Tendência a consumir alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares e calorias vazias (o chamado comfort food), contribuindo para o aumento do peso e dos níveis de colesterol LDL e triglicerídeos.
Sedentarismo: A fadiga e o esgotamento causados pelo stress levam à inatividade física, que é um forte fator de risco cardiovascular.
Abuso de Substâncias: O stress aumenta a probabilidade de fumar (o tabaco é um inimigo direto do coração), beber álcool em excesso ou usar substâncias, todas altamente prejudiciais à saúde cardiovascular.
Privação do Sono: O stress interfere no sono de qualidade, e a privação crónica do sono está associada à pressão alta e ao aumento da inflamação.
Conclusão: a gestão do stress como prevenção cardiovascular
O stress crónico não é apenas uma preocupação da saúde mental, mas sim um fator de risco cardiovascular concreto e mensurável. Para proteger o seu coração, a gestão do stress deve ser incorporada no seu plano de saúde:
Mindfulness e Meditação: Práticas que demonstraram reduzir os níveis de cortisol.
Exercício Regular: Atua como um potente libertador de tensão e melhora a função vascular.
Priorizar o Sono: Garantir 7 a 9 horas de sono de qualidade por noite.
Apoio Profissional: Não hesite em procurar um psicólogo ou terapeuta para desenvolver estratégias eficazes de enfrentamento do stress.
Tratar o stress não é um luxo, é uma necessidade para manter o seu sistema cardiovascular resiliente e o seu coração a bater forte e no ritmo certo.
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Dezembro aumenta a tristeza? Como lidar?
- dezembro 10, 2025
- 8:00 am
Dezembro costuma trazer luzes, reencontros e clima festivo mas também pode intensificar emoções difíceis. Sentimentos como tristeza, nostalgia, solidão, cansaço extremo e ansiedade são mais comuns do que parecem nesta época. A combinação de expectativas sociais, balanço do ano, lembranças afetivas e pressão por “estar bem” pode deixar tudo mais pesado.
A boa notícia é que existem formas saudáveis de atravessar esse período com mais suavidade e autocuidado.
Por que dezembro mexe tanto com as emoções?
Expectativas impostas
A ideia de que todos precisam estar felizes, celebrando e socializando cria um contraste doloroso para quem está passando por desafios emocionais.
Comparações sociais
As redes sociais podem reforçar um “ideal de felicidade” que não corresponde à realidade, aumentando a sensação de inadequação.
Balanço emocional do ano
O fim do ciclo naturalmente convida a revisitar perdas, mudanças e metas não cumpridas.
Sobrecarga
Compromissos, viagens, mudanças de rotina e despesas extras podem aumentar o stress.
Como atravessar dezembro com mais leveza
1. Respeite seus limites emocionais
Não precisa participar de todos os eventos. Dê espaço para descanso e silêncio quando necessário.
2. Reorganize expectativas
Nem tudo precisa ser perfeito. Reduzir a exigência interna diminui a pressão e torna a época mais autêntica.
3. Priorize pequenas rotinas de autocuidado
Caminhar ao ar livre, manter horários de sono e reservar momentos para si ajudam a estabilizar o humor.
4. Busque conexões que nutrem
Aproxime-se de pessoas com quem você realmente se sente bem. Relações genuínas fazem diferença enorme nesta época.
5. Converse sobre o que sente
Falar com amigos, familiares ou um profissional pode aliviar o peso emocional e ajudar a colocar as emoções em perspectiva.
6. Reduza o consumo de álcool
O álcool pode potencializar a tristeza e a ansiedade. Beber com moderação ajuda a proteger a saúde mental.
Como a Dose Certa pode ajudar no seu bem-estar emocional
A regularidade da medicação é especialmente importante quando o emocional está sensível. A Dose Certa mantém as doses no horário certo, com praticidade e organização para que você não interrompa seu tratamento mesmo em períodos de rotina alterada, viagens ou maior stress.
Com mais tranquilidade na gestão dos medicamentos, sobra espaço para cuidar do que importa: você.
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Doença celíaca vs. sensibilidade ao glúten
- dezembro 8, 2025
- 9:09 am
Introdução: o glúten sob o microscópio
O glúten, uma proteína encontrada em cereais como trigo, centeio e cevada, tornou-se o foco de muitas discussões e dietas nos últimos anos. No entanto, a confusão persiste: as reações adversas ao glúten não são todas iguais. É fundamental distinguir a Doença Celíaca (DC), uma condição autoimune grave, da Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca (SGNC), uma síndrome com sintomas intestinais e extra-intestinais, mas sem o mesmo dano imunológico. Entender as distinções entre estas duas condições é crucial para um diagnóstico correto, um tratamento adequado e, acima de tudo, para evitar restrições alimentares desnecessárias ou perigosas.
Doença celíaca: a batalha autoimune
A Doença Celíaca (DC) é a forma mais grave de intolerância ao glúten. É uma doença autoimune crónica, o que significa que o sistema imunitário do corpo ataca por engano os seus próprios tecidos em resposta à ingestão de glúten.
Mecanismo de Dano: Quando um indivíduo com predisposição genética (presença dos genes HLA-DQ2 ou HLA-DQ8) ingere glúten, o seu sistema imunitário ataca o revestimento interno do intestino delgado (mucosa).
Consequência: Este ataque provoca uma inflamação intensa e o achatamento das vilosidades intestinais (as pequenas estruturas responsáveis pela absorção de nutrientes). Este dano leva à má absorção de vitaminas, minerais, gorduras e outros nutrientes essenciais.
Sintomas: Os sintomas são variados e podem ser intestinais (diarreia crónica, bloating, dor abdominal, gases) ou extra-intestinais (anemia por deficiência de ferro, osteoporose, rash cutâneo chamado dermatite herpetiforme, atraso no crescimento em crianças e fadiga crónica).
Diagnóstico: O diagnóstico é feito através de uma combinação de exames de sangue (procura de anticorpos específicos, como anti-transglutaminase tecidual, tTG-IgA) e biópsia do intestino delgado (para confirmar o dano nas vilosidades). É fundamental que o paciente continue a consumir glúten antes dos exames para que o diagnóstico seja preciso.
Tratamento: O único tratamento conhecido é a eliminação total e rigorosa do glúten da dieta por toda a vida. Pequenas quantidades podem reativar a resposta autoimune.
Sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC): a síndrome de exclusão
A Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca (SGNC) é uma síndrome que afeta pessoas que reagem negativamente ao glúten ou a outros componentes do trigo, mas sem o mecanismo autoimune e o dano intestinal característico da Doença Celíaca.
Mecanismo: Embora o mecanismo exato ainda não seja totalmente compreendido, suspeita-se que não envolva a autoimunidade nem a alergia ao trigo. Alguns estudos sugerem que outros componentes do trigo, como os FODMAPs (oligossacáridos, dissacáridos, monossacáridos e polióis fermentáveis), possam ser os verdadeiros desencadeadores dos sintomas em alguns casos.
Sintomas: Os sintomas são frequentemente semelhantes aos da DC e da Síndrome do Intestino Irritável (SII): inchaço (distensão abdominal), dor, névoa mental (“brain fog“), fadiga, dores de cabeça e dormência nos membros.
Diagnóstico: A SGNC é um diagnóstico de exclusão. O médico só pode confirmar a SGNC depois de excluir totalmente a Doença Celíaca e a Alergia ao Trigo. O processo final envolve um teste de provocação: o paciente sente-se melhor com uma dieta sem glúten e os sintomas voltam quando o glúten é reintroduzido de forma controlada (geralmente em dose dupla-cega).
Tratamento: A eliminação do glúten ou a sua redução na dieta é o tratamento padrão. A tolerância é frequentemente maior do que na DC; muitos pacientes com SGNC conseguem tolerar pequenas quantidades.
Alergia ao trigo: uma reação de hipersensibilidade
É crucial fazer uma terceira distinção: a Alergia ao Trigo. Esta é uma alergia alimentar clássica, onde o sistema imunitário reage a proteínas do trigo (não necessariamente só o glúten) produzindo anticorpos IgE. A reação é geralmente imediata e pode variar de urticária, náuseas e inchaço a anafilaxia grave. O diagnóstico é feito através de testes de alergia (Teste Cutâneo ou IgE no sangue).
Conclusão: a importância do diagnóstico correto
A restrição desnecessária do glúten pode levar a deficiências nutricionais (especialmente de fibras e vitaminas do complexo B) e dificultar o diagnóstico da Doença Celíaca, caso a pessoa pare de comer glúten antes dos exames. Se suspeita de alguma reação adversa ao glúten, procure um gastroenterologista. Apenas o diagnóstico correto (DC, SGNC ou Alergia) garantirá que adote o plano de tratamento mais seguro e eficaz para a sua saúde intestinal.



