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Síndrome do intestino irritável: sinais e como conviver

A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma condição intestinal comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracteriza-se por sintomas como dor abdominal, distensão, diarreia e/ou constipação, e embora não seja uma doença grave, pode ter um grande impacto na qualidade de vida de quem a vive. Compreender os sinais dessa síndrome e adotar estratégias para conviver melhor com ela é fundamental para manter o equilíbrio e o bem-estar. Neste post, vamos explorar os principais sinais da SII e oferecer dicas valiosas para lidar com os sintomas no dia a dia.

Reconhecendo os sinais da Síndrome do Intestino Irritável

O primeiro passo para gerenciar a SII é reconhecer seus sinais. Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:

  • Dor abdominal: Geralmente ocorre após as refeições e pode melhorar após a evacuação.

  • Distensão abdominal: Sensação de inchaço e desconforto na região do estômago e intestino.

  • Alterações no ritmo intestinal: Pode se manifestar como diarreia frequente, constipação ou até episódios alternados entre esses dois problemas.

  • Mucosidade nas fezes: Algumas pessoas com SII notam que suas fezes podem apresentar uma aparência diferente, com mucosidade.

  • Cansaço excessivo e sensação de mal-estar: Embora não seja um sintoma físico direto da SII, muitas pessoas relatam sentir-se cansadas ou com baixo nível de energia devido ao desconforto contínuo.

É importante lembrar que a intensidade e frequência desses sintomas podem variar, sendo mais leves em alguns períodos e mais intensos em outros.

Como conviver melhor com a SII

Embora a SII não tenha cura definitiva, é possível adotar medidas que ajudam a minimizar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida. Aqui estão algumas dicas práticas para conviver com a síndrome de forma mais equilibrada:

1. Adote uma alimentação balanceada

Alguns alimentos podem desencadear os sintomas da SII, como café, alimentos gordurosos, laticínios e certos tipos de carboidratos. Identificar e evitar esses alimentos pode ajudar a reduzir os episódios de desconforto. Uma alimentação rica em fibras (principalmente aquelas solúveis), como frutas, legumes e grãos integrais, pode ajudar a regular o trânsito intestinal. Para quem sofre com constipação, aumentar a ingestão de fibras é essencial. Já no caso da diarreia, a moderação é importante.

2. Mantenha-se hidratado

Beber bastante água durante o dia é crucial para quem tem SII, principalmente para evitar a desidratação, que pode ocorrer em episódios de diarreia. A água também auxilia no bom funcionamento do intestino, melhorando o trânsito intestinal.

3. Pratique atividades físicas regularmente

O exercício físico pode ser um grande aliado na melhoria dos sintomas da SII. Caminhadas leves, yoga ou atividades de baixo impacto ajudam a estimular o funcionamento intestinal, além de reduzir o estresse, que é um fator comum para a intensificação dos sintomas.

4. Gerencie o estresse

O estresse emocional pode piorar os sintomas da SII, causando crises mais intensas. Técnicas de relaxamento, como meditação, mindfulness ou até mesmo simples pausas durante o dia para respirar profundamente, podem ser muito eficazes para controlar a ansiedade e o estresse. Dedique tempo para cuidar de sua saúde mental!

5. Considere tratamentos médicos

Em alguns casos, os sintomas da SII podem ser controlados com medicamentos prescritos por um médico. Laxantes suaves para a constipação, antidiarreicos ou até remédios para aliviar a dor podem ser opções de tratamento. Além disso, alguns pacientes se beneficiam de probióticos, que ajudam a regular a flora intestinal e a reduzir sintomas como o inchaço.

O impacto psicológico da SII

É comum que pessoas com SII também lidem com dificuldades emocionais devido aos sintomas frequentes e imprevisíveis. O medo de ter uma crise durante o trabalho, em um evento social ou em viagem pode gerar ansiedade constante. Por isso, é importante procurar apoio psicológico, caso sinta que a condição está afetando sua saúde mental. Terapias como a psicoterapia cognitivo-comportamental (TCC) podem ajudar a lidar com a ansiedade e o estresse relacionados à SII.

Conclusão

Viver com a Síndrome do Intestino Irritável pode ser desafiador, mas com as estratégias certas, é possível minimizar os sintomas e ter uma vida plena e equilibrada. Manter uma alimentação saudável, praticar exercícios, gerenciar o estresse e buscar apoio médico são passos fundamentais para conviver melhor com a SII. E, principalmente, lembre-se de que você não está sozinho e muitas pessoas enfrentam a mesma condição e, com o tempo, aprendem a controlar os sintomas de maneira eficaz.

Se você está lidando com a SII, busque apoio médico e experimente diferentes abordagens até encontrar o que funciona melhor para o seu corpo. Com paciência e cuidados adequados, é possível viver bem e com qualidade.

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Alimentos fermentados fazem bem? Conheça os benefícios
Alimentos fermentados fazem bem? Entenda o que a ciência diz sobre seus benefícios para o intestino, imunidade e saúde digestiva.

Alimentos fermentados fazem bem? Conheça os benefícios

Alimentos fermentados fazem bem? Ciência explica os benefícios

Os alimentos fermentados fazem parte da alimentação humana há milhares de anos e, nos últimos anos, voltaram ao centro das atenções por seus benefícios à saúde intestinal, imunidade e bem-estar geral. Mas o que a ciência realmente diz sobre eles? E como consumi-los de forma segura e equilibrada?

O que são alimentos fermentados?

Alimentos fermentados passam por um processo natural no qual bactérias ou leveduras transformam açúcares em ácidos, gases ou álcool. Esse processo melhora a conservação dos alimentos e altera suas propriedades nutricionais.

Exemplos comuns incluem iogurte, kefir, chucrute, kimchi, kombucha e alguns tipos de queijos e missô.

O que a ciência diz sobre os benefícios?

Estudos mostram que alimentos fermentados podem contribuir para a saúde intestinal ao favorecer o equilíbrio da microbiota. Segundo uma revisão publicada na revista Cell em 2021, o consumo regular de alimentos fermentados esteve associado ao aumento da diversidade bacteriana no intestino e à redução de marcadores inflamatórios.

A Organização Mundial da Saúde também reconhece a importância da microbiota intestinal para o funcionamento do sistema imunológico e metabólico.

Benefícios para a digestão e imunidade

O consumo moderado de alimentos fermentados pode ajudar a melhorar a digestão, facilitar a absorção de nutrientes e fortalecer a resposta imunológica. Isso acontece porque a microbiota equilibrada atua como uma barreira de proteção contra microrganismos nocivos.

Além disso, alguns alimentos fermentados são fontes naturais de vitaminas do complexo B e vitamina K.

Quem deve ter atenção ao consumir alimentos fermentados?

Apesar dos benefícios, nem todas as pessoas respondem da mesma forma. Indivíduos com gastrite, refluxo, síndrome do intestino irritável ou imunidade comprometida devem conversar com um profissional de saúde antes de aumentar o consumo.

O excesso também pode causar desconfortos gastrointestinais, como gases e distensão abdominal.

Como incluir alimentos fermentados na rotina

A melhor estratégia é a moderação e a variedade. Começar com pequenas porções e observar a resposta do organismo é fundamental. O ideal é integrar esses alimentos a uma alimentação equilibrada, sem substituir refeições ou tratamentos médicos.

Conclusão

Alimentos fermentados unem tradição e ciência. Quando consumidos de forma consciente, podem contribuir para a saúde intestinal, imunidade e bem-estar geral. O mais importante é respeitar as necessidades individuais e buscar orientação profissional quando necessário.

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Como ler e entender a bula de forma simples
A bula é complexa? Guia simples para entender as 6 seções cruciais: posologia, contraindicações, efeitos colaterais e interações medicamentosas.

Como ler e entender a bula de forma simples

Introdução: a bula como sua aliada

A bula de um medicamento é muito mais do que um papel dobrado dentro da caixa. Ela é um documento oficial, validado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que contém todas as informações necessárias para garantir que você use o medicamento de forma segura e eficaz. Muitas vezes, o texto técnico e a linguagem formal podem intimidar, fazendo com que o paciente a ignore. No entanto, dedicar alguns minutos para entender a bula é o ato mais importante que você pode fazer pela sua segurança. Este guia vai te ajudar a desvendar as seções mais importantes.

1. Identificação: o que você está tomando?

A primeira parte da bula é a seção de identificação e deve ser a mais fácil de entender:

  • Nome do Medicamento (Comercial): É o nome fantasia (ex: Tylenol).

  • Nome da Substância Ativa (Genérico): É o princípio ativo que realmente trata a doença (ex: Paracetamol). É sempre recomendado que você conheça o nome genérico.

  • Forma Farmacêutica e Concentração: Como o remédio se apresenta (comprimido, cápsula, xarope) e a quantidade do princípio ativo por dose (ex: 500 mg, 20 mg/ml). Confirme se a concentração da bula é exatamente a mesma que a prescrita pelo seu médico.

2. Indicações: para que ele serve?

Esta seção é direta: ela lista as doenças ou condições para as quais o medicamento foi aprovado.

  • Verifique a correspondência: Certifique-se de que a indicação listada corresponde ao motivo pelo qual o médico o prescreveu. Se um medicamento tem múltiplas indicações, você deve entender qual delas se aplica ao seu caso.

3. Como usar: a dosagem correta

Esta é a parte mais crítica para a eficácia do tratamento.

  • Posologia (Horário e Duração): Qual a dose (em comprimidos, gotas ou ml), a frequência (de 8 em 8 horas, uma vez ao dia) e a duração total do tratamento. Nunca altere a dose ou interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

  • Administração: Se deve ser tomado com ou sem alimentos, se o comprimido pode ser mastigado, partido ou deve ser engolido inteiro. Atenção: Medicamentos tomados com estômago vazio são geralmente melhor absorvidos, mas podem causar mais irritação gástrica.

4. Contraindicações e advertências: quando não usar

Esta seção é crucial para a segurança e lista as situações em que o medicamento não deve ser usado, pois pode ser perigoso.

  • Contraindicações: Condições específicas (ex: gravidez, alergia ao princípio ativo, insuficiência renal grave) que impedem o uso. Se alguma delas se aplicar a você, pare imediatamente e consulte o seu médico.

  • Advertências e Precauções: Situações que exigem cautela ou monitoramento (ex: “Usar com cautela em pacientes com glaucoma”). Esta seção também lista interações medicamentosas importantes com outros remédios, álcool ou alimentos.

5. Reações adversas: o que pode acontecer

As reações adversas são os efeitos colaterais. Elas são listadas por frequência para que você entenda o risco:

  • Muito Comuns e Comuns: Podem afetar 1 em 10 ou 1 em 100 pacientes (ex: dor de cabeça, náuseas leves).

  • Raras ou Muito Raras: Afetam pouquíssimos pacientes, mas são frequentemente as mais graves.

É importante saber quais são as reações adversas mais comuns para que você não se assuste. No entanto, se você experimentar uma reação grave ou alérgica (inchaço, dificuldade para respirar), procure ajuda médica imediatamente.

6. Armazenamento e validade

  • Condições de Armazenamento: Verifique se o medicamento precisa ser guardado na geladeira, protegido da luz ou da umidade. Armazenar um medicamento de forma incorreta pode fazê-lo perder a eficácia.

  • Data de Validade: Nunca tome um medicamento vencido.

Conclusão: o farmacêutico como seu mentor

Lembre-se: o farmacêutico da Drogasil está sempre à disposição para esclarecer qualquer ponto da bula que você não tenha entendido. Não hesite em perguntar sobre posologia, contraindicações ou interações medicamentosas. Ler a bula não é um fardo; é o seu ato de responsabilidade para garantir que o seu tratamento seja o mais seguro e eficaz possível.

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O efeito da mudança de estação no organismo
Descubra como o Ritmo Circadiano e as mudanças de estação afetam seu sono, humor, metabolismo e imunidade. Aprenda a adaptar seu corpo aos ciclos anuais.

O efeito da mudança de estação no organismo

Introdução: o nosso relógio biológico

O corpo humano é uma máquina extraordinariamente adaptável, mas é profundamente influenciado pelas mudanças ambientais que ocorrem ao longo do ano. Somos regidos pelo Ritmo Circadiano, nosso relógio biológico interno que responde primariamente à luz solar e regula funções essenciais como o sono, a produção hormonal e o metabolismo. Quando as estações mudam, com variações na temperatura, umidade e, crucialmente, no tempo de exposição solar, nosso organismo é forçado a se reajustar. Essas transições podem afetar tudo, desde o nosso humor até a nossa imunidade.

O impacto da luz e da melatonina

A mudança na duração dos dias é o fator que mais diretamente afeta o nosso corpo:

  • Menos Luz (Outono/Inverno): A redução da exposição solar, especialmente nos meses mais frios, leva à produção prolongada de melatonina (o hormônio do sono). Isso pode resultar em sonolência durante o dia, fadiga e, em alguns indivíduos, no Transtorno Afetivo Sazonal (TAS) – uma forma de depressão ligada à falta de luz. A falta de sol também diminui a produção de Vitamina D, crucial para a saúde óssea e o sistema imunológico.

  • Mais Luz (Primavera/Verão): O aumento das horas de luz inibe a melatonina, resultando em uma maior sensação de energia e vigília. Embora isso seja geralmente positivo, pode perturbar o sono de quem tem horários noturnos tardios. A maior exposição solar, por sua vez, aumenta a produção de Vitamina D, melhorando o humor e a função imunológica.

Imunidade e alergias: a transição sazonal

A mudança de estação é frequentemente associada a picos de doenças respiratórias e alergias.

  • Inverno: O frio e o tempo seco facilitam a permanência dos vírus no ar e nos obrigam a passar mais tempo em ambientes fechados com pouca ventilação, aumentando a exposição a patógenos. O estresse imunológico é maior.

  • Primavera: Esta estação é o palco principal das alergias. A mudança de temperatura e o aumento da polinização liberam grandes quantidades de alérgenos (pólen) no ar. O corpo reage com rinite alérgica, conjuntivite e asma, sobrecarregando o sistema imunológico com uma resposta de hipersensibilidade.

Metabolismo e hidratação

As necessidades metabólicas do nosso corpo mudam drasticamente entre as estações:

  • Inverno: O corpo trabalha mais para manter a temperatura interna (termogênese), o que pode aumentar a necessidade calórica. Há uma tendência natural a procurar alimentos mais densos e gordurosos.

  • Verão: A regulação da temperatura passa a focar-se no resfriamento através da transpiração. O risco de desidratação aumenta exponencialmente, e a necessidade de repor eletrólitos torna-se vital. O metabolismo basal pode ser ligeiramente mais lento, mas a atividade física, se praticada, costuma ser mais intensa.

Saúde mental e adaptação

Além do TAS, a transição entre estações exige um esforço mental e social. Há quem experimente a chamada “fadiga primaveril”, um cansaço inexplicável ligado à desregulação hormonal.

Dicas de Adaptação: Para mitigar os efeitos negativos, é essencial manter a higiene do sono (ir para a cama e acordar nos mesmos horários), garantir uma exposição solar diária segura (para otimizar a Vitamina D), aumentar a hidratação no calor e reforçar a dieta com frutas e vegetais da época. Em caso de mudanças severas de humor, a consulta médica é fundamental.

Conclusão: sintonize-se com a natureza

Nosso corpo está intrinsecamente ligado aos ciclos da natureza. Estar ciente das mudanças hormonais, imunológicas e metabólicas que a mudança de estação desencadeia permite-nos fazer ajustes preventivos no estilo de vida. Ao respeitar o ritmo da natureza e do nosso próprio corpo, garantimos uma transição mais suave e um estado de saúde mais robusto ao longo de todo o ano.

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O efeito do stress crônico no coração
Stress crônico prejudica o seu coração! Entenda como o cortisol e a adrenalina causam hipertensão, aterosclerose e arritmias. Dicas para proteger a sua saúde.

O efeito do stress crônico no coração

Introdução: o stress moderno e o seu preço

O stress não é apenas uma sensação; é uma resposta fisiológica poderosa e primitiva que, historicamente, ajudava os humanos a lutar ou a fugir do perigo. No entanto, no mundo moderno, o “perigo” é frequentemente substituído por prazos, problemas financeiros ou conflitos interpessoais. Quando esta resposta é acionada repetidamente, tornando-se stress crónico, o nosso corpo nunca tem tempo para relaxar. O coração, o órgão mais sensível a esta tensão constante, paga um preço elevado. Entender a ligação entre a mente stressada e o coração sobrecarregado é crucial para a prevenção cardiovascular.

A fisiologia do stress: a cascata de hormonas

Quando o stress agudo ocorre, o corpo liberta uma cascata de hormonas que preparam o corpo para a ação. Este mecanismo, essencial para a sobrevivência, é mediado principalmente por duas hormonas:

  • Adrenalina (Epinefrina): Causa um aumento imediato na frequência cardíaca e na força das contrações do músculo cardíaco, além de elevar a pressão arterial.

  • Cortisol: Conhecido como a “hormona do stress”, o cortisol aumenta o açúcar no sangue (glicose) para fornecer energia rápida. Quando libertado cronicamente, ele mantém o corpo num estado de alerta e inflamação constante.

No stress crónico, estes níveis hormonais permanecem elevados. O coração e os vasos sanguíneos são forçados a trabalhar continuamente sob pressão excessiva.

O impacto direto no sistema cardiovascular

O stress crónico não afeta o coração apenas indiretamente (por maus hábitos); ele causa danos fisiológicos diretos ao longo do tempo:

  1. Hipertensão (Pressão Alta): A adrenalina e o cortisol causam a vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos) e aumentam o volume de sangue a ser bombeado. Com o tempo, esta pressão constante enfraquece as artérias, levando à hipertensão arterial crónica, um dos principais fatores de risco para enfarte e AVC.

  2. Inflamação Crónica: O cortisol elevado sustenta a inflamação sistémica. Esta inflamação pode levar à formação e instabilidade de placas de ateroma (depósitos de gordura) nas paredes das artérias, acelerando o processo de aterosclerose (endurecimento das artérias).

  3. Arritmias: O coração, constantemente estimulado por níveis altos de adrenalina, pode desenvolver distúrbios do ritmo cardíaco, como a fibrilação auricular, aumentando o risco de coágulos e AVC.

  4. Cardiomiopatia de Takotsubo (Síndrome do Coração Partido): Em casos de stress emocional intenso e repentino, pode ocorrer uma condição rara, mas grave, onde o stress causa o enfraquecimento repentino e temporário do músculo cardíaco.

O elo indireto: stress e hábitos de risco

O stress crónico também sabota o coração ao nos levar a adotar comportamentos pouco saudáveis como mecanismos de coping (enfrentamento):

  • Alimentação Emocional: Tendência a consumir alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares e calorias vazias (o chamado comfort food), contribuindo para o aumento do peso e dos níveis de colesterol LDL e triglicerídeos.

  • Sedentarismo: A fadiga e o esgotamento causados pelo stress levam à inatividade física, que é um forte fator de risco cardiovascular.

  • Abuso de Substâncias: O stress aumenta a probabilidade de fumar (o tabaco é um inimigo direto do coração), beber álcool em excesso ou usar substâncias, todas altamente prejudiciais à saúde cardiovascular.

  • Privação do Sono: O stress interfere no sono de qualidade, e a privação crónica do sono está associada à pressão alta e ao aumento da inflamação.

Conclusão: a gestão do stress como prevenção cardiovascular

O stress crónico não é apenas uma preocupação da saúde mental, mas sim um fator de risco cardiovascular concreto e mensurável. Para proteger o seu coração, a gestão do stress deve ser incorporada no seu plano de saúde:

  • Mindfulness e Meditação: Práticas que demonstraram reduzir os níveis de cortisol.

  • Exercício Regular: Atua como um potente libertador de tensão e melhora a função vascular.

  • Priorizar o Sono: Garantir 7 a 9 horas de sono de qualidade por noite.

  • Apoio Profissional: Não hesite em procurar um psicólogo ou terapeuta para desenvolver estratégias eficazes de enfrentamento do stress.

Tratar o stress não é um luxo, é uma necessidade para manter o seu sistema cardiovascular resiliente e o seu coração a bater forte e no ritmo certo.

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