Ozempic vai precisar de receita? Entenda a nova exigência da Anvisa
- maio 21, 2025
- 1:54 pm

Ozempic e outras canetas emagrecedoras agora exigem retenção de receita, determina Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma medida importante para o controle do uso de medicamentos conhecidos como “canetas emagrecedoras”, como Ozempic, Wegovy, Saxenda, Mounjaro e similares. A partir de agora, será obrigatória a retenção da receita médica para a compra desses produtos nas farmácias. A medida foi publicada em abril de 2025 e entrará em vigor 60 dias após a alteração na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 471/2021.
Leia mais: Mounjaro: respondendo as principais dúvidas
O que muda com a nova regra?
Retenção obrigatória da receita médica: As farmácias precisarão reter a via original da receita no momento da compra, como já ocorre com antibióticos e outros medicamentos controlados.
Validade da receita: A prescrição médica terá validade de até 90 dias após a emissão.
Controle pelo SNGPC: As farmácias e drogarias deverão registrar as movimentações desses medicamentos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).
Por que essa medida foi adotada?
Segundo a Anvisa, a decisão foi baseada em relatos crescentes de efeitos adversos registrados no sistema de farmacovigilância VigiMed. Muitos desses eventos estão associados ao uso indiscriminado desses medicamentos, especialmente por pessoas que os utilizam com o objetivo de emagrecimento estético, sem diagnóstico de obesidade ou diabetes tipo 2, e sem acompanhamento médico adequado.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) também solicitou formalmente a adoção da medida, destacando a importância de preservar a segurança dos pacientes diante do uso crescente e fora das indicações clínicas.
Impactos da medida
Pacientes: A exigência visa garantir o uso responsável, com acompanhamento médico e prescrição adequada, prevenindo riscos como hipoglicemia, distúrbios gastrointestinais, perda excessiva de peso e outros efeitos adversos.
Profissionais de saúde: A mudança fortalece a responsabilidade médica na prescrição desses medicamentos e aumenta o controle sobre o uso correto no tratamento de diabetes e obesidade.
Quando a nova regra entra em vigor?
A alteração foi publicada no Diário Oficial da União e passa a valer 60 dias após a publicação oficial da nova RDC.
Fontes:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – “Canetas emagrecedoras só poderão ser vendidas com retenção de receita”, publicado em 16 de abril de 2025. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2025/canetas-emagrecedoras-so-poderao-ser-vendidas-com-retencao-de-receita
Conselho Federal de Medicina (CFM) – “Anvisa atende solicitação do CFM e torna obrigatória a retenção da receita do Ozempic”, publicado em 16 de abril de 2025. Disponível em: https://portal.cfm.org.br/noticias/anvisa-atende-solicitacao-do-cfm-e-torna-obrigatoria-a-retencao-da-receita-do-ozempic
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Poluição doméstica: o risco invisível à saúde global
- junho 16, 2025
- 11:40 am

Você sabia que mais de 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo ainda cozinham com combustíveis poluentes, como madeira, carvão ou esterco? Essa prática, comum em muitas regiões, resulta em poluição do ar dentro de casa, afetando diretamente a saúde de milhões de indivíduos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 3,8 milhões de mortes anuais estão associadas à poluição doméstica do ar, principalmente em países de baixa e média renda.
O impacto da poluição doméstica na saúde
A exposição contínua à poluição do ar em ambientes internos pode causar uma série de problemas de saúde, incluindo:
Doenças respiratórias crônicas: Como asma e bronquite.
Doenças cardiovasculares: Aumento do risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Infecções respiratórias agudas: Particularmente perigosas para crianças pequenas e idosos.
Câncer de pulmão: Associado à exposição prolongada a substâncias cancerígenas presentes na fumaça.
Além disso, a poluição doméstica do ar contribui significativamente para a carga global de doenças, especialmente em regiões onde o acesso a tecnologias de cozinha mais limpas é limitado.
Desafios enfrentados pelas populações afetadas
Muitas famílias em áreas rurais e urbanas periféricas dependem de combustíveis sólidos devido à falta de acesso a fontes de energia mais limpas e acessíveis. Essa dependência é exacerbada pela pobreza energética, que impede a adoção de tecnologias mais seguras e eficientes. Consequentemente, essas populações enfrentam riscos elevados à saúde e qualidade de vida comprometida.
Caminhos possíveis para enfrentar a poluição do ar dentro de casa
Reduzir os impactos da poluição doméstica exige mais do que soluções tecnológicas: requer uma combinação de políticas públicas eficazes, acesso equitativo a recursos e transformação cultural. A substituição de combustíveis sólidos por fontes mais limpas é, sem dúvida, central nesse processo, mas para que isso aconteça de forma ampla e sustentável, são necessárias ações articuladas em diferentes frentes.
1. Acesso a tecnologias de cozinha limpa como direito básico
Diversos estudos apontam que o uso de fogões a lenha, carvão ou esterco contribui diretamente para a liberação de partículas ultrafinas, monóxido de carbono e hidrocarbonetos tóxicos no ambiente doméstico. A substituição por fogões a gás ou elétricos — quando a infraestrutura local permite — reduz significativamente a emissão de poluentes e o risco de doenças respiratórias.
Entretanto, apenas ofertar a tecnologia não basta: é preciso garantir acesso contínuo à energia limpa, especialmente em áreas rurais e periferias urbanas, onde a eletricidade é instável ou cara demais. A transição energética precisa ser pensada como política de saúde pública, e não apenas como uma questão de infraestrutura.
2. Educação comunitária com foco em saúde ambiental
Campanhas de conscientização eficazes não devem apenas informar, mas também dialogar com os contextos locais. Em muitas comunidades, o uso de lenha ou carvão está enraizado em tradições culturais ou em limitações econômicas. Por isso, a educação em saúde ambiental precisa levar em conta esses fatores e envolver lideranças locais, agentes comunitários de saúde e mulheres que, muitas vezes, são as mais expostas à poluição do ar doméstica devido ao papel central que ocupam nas atividades de cozinha e cuidado.
3. Fortalecimento das políticas públicas e cooperação internacional
Organizações como a OMS, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Aliança para Fogões Limpos têm atuado em parceria com governos para desenvolver políticas integradas de mitigação da poluição do ar em ambientes internos. No Brasil, o desafio é incluir essa pauta com mais força nas agendas de saúde pública, habitação e meio ambiente.
Incentivos fiscais, subsídios para aquisição de equipamentos e programas de capacitação técnica são medidas que têm mostrado bons resultados em outros países e que podem ser adaptadas à realidade brasileira, com foco na equidade e na redução de desigualdades ambientais.
Conclusão
A poluição doméstica do ar é um problema de saúde pública significativo que afeta bilhões de pessoas em todo o mundo. É fundamental que haja um esforço conjunto para promover a transição para fontes de energia mais limpas, melhorar a conscientização e implementar políticas eficazes que protejam a saúde das populações mais vulneráveis. Na Raia Dose Certa, estamos comprometidos em apoiar iniciativas que promovam a saúde e o bem-estar de todos.

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A importância do Dia do Orgulho Autista
- junho 16, 2025
- 10:44 am

Celebrar o Orgulho Autista é reconhecer a neurodiversidade
No dia 18 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Orgulho Autista, uma data que vai além da conscientização: ela propõe uma mudança de perspectiva. Criado em 2005 pelo grupo britânico Aspies for Freedom, o movimento nasceu com o objetivo de desafiar o estigma e reforçar que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é uma condição a ser “corrigida”, mas sim uma forma legítima de existir no mundo.
A ideia central do orgulho autista está na valorização da neurodiversidade, um conceito que reconhece que diferenças no funcionamento neurológico são parte natural da variação humana, assim como a diversidade genética ou cultural. O foco não está apenas em diagnóstico e tratamento, mas também em respeito, inclusão e acessibilidade.
O que é o TEA e por que ainda enfrentamos tantos desafios?
O Transtorno do Espectro Autista é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por padrões específicos de comportamento, comunicação e interação social. O termo “espectro” reflete justamente a diversidade de manifestações: há pessoas autistas que precisam de apoio intensivo para atividades cotidianas, enquanto outras têm alta autonomia, mas ainda enfrentam desafios significativos em ambientes sociais ou sensoriais.
Estima-se que cerca de 1 em cada 100 pessoas no mundo esteja no espectro, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Censo 2022 passou a incluir perguntas relacionadas ao autismo pela primeira vez, o que reforça a necessidade urgente de dados mais precisos sobre a população autista no país.
Apesar de avanços importantes, o acesso ao diagnóstico ainda é desigual. Muitos autistas, especialmente meninas, pessoas negras e adultos, enfrentam barreiras tanto na identificação do transtorno quanto no acesso ao tratamento. Além disso, o preconceito e a desinformação ainda impactam negativamente a qualidade de vida dessas pessoas, gerando exclusão escolar, desemprego e falta de apoio nos serviços de saúde.
Direitos garantidos por lei e o que ainda falta
No Brasil, a Lei nº 12.764/2012, conhecida como Lei Berenice Piana, é um marco legal importante na defesa dos direitos das pessoas com TEA. Ela estabelece a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, garantindo o acesso à educação, saúde, diagnóstico precoce e inclusão no mercado de trabalho.
Porém, como apontam relatórios de entidades como o IBGE e o Instituto Alana, ainda há uma grande distância entre a legislação e a realidade. Um estudo de 2023 divulgado pelo Diário PcD, por exemplo, revelou que 8 em cada 10 profissionais autistas estão desempregados no Brasil. A dificuldade de inclusão vai desde a falta de formação das equipes até ambientes de trabalho inadequados para pessoas com sensibilidades sensoriais.
Outro ponto crítico é o subdiagnóstico em adultos. Muitas pessoas só descobrem que estão no espectro depois dos 30 ou 40 anos, geralmente após o diagnóstico de um filho. Isso reforça a importância da capacitação de profissionais de saúde e da ampliação de políticas públicas voltadas também para adultos autistas.
Como promover uma sociedade verdadeiramente inclusiva
Informar-se é o primeiro passo. A inclusão de pessoas autistas exige uma mudança cultural que começa com o reconhecimento de que o problema não está no indivíduo, mas em um ambiente que não considera suas necessidades.
Ambientes sensoriais adaptados, linguagem acessível, educação inclusiva e políticas públicas com participação ativa da comunidade autista são elementos-chave. Empresas, escolas, serviços de saúde e governos têm um papel fundamental na construção dessa mudança. Mas a transformação só será possível se houver engajamento social amplo, baseado em respeito, escuta e abertura para a diversidade.
Conclusão
Celebrar o Dia Mundial do Orgulho Autista é reconhecer que inclusão não se faz apenas com boas intenções, mas com informação, estrutura e respeito. É lembrar que pessoas autistas não precisam se adaptar a um mundo que as exclui, é o mundo que precisa ser redesenhado para acolher todas as formas de existência.
A Raia Dose Certa acredita que o acesso à saúde, à informação de qualidade e ao uso consciente de medicamentos são pilares para uma sociedade mais justa. Apoiar o orgulho autista é parte dessa missão: promover o cuidado com empatia, ciência e inclusão.

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Como A Substância aborda o etarismo?
- junho 16, 2025
- 10:26 am

Qual é a raiz do etarismo no Brasil?
O etarismo, também conhecido como idadismo ou ageísmo, é a discriminação baseada na idade. Embora possa afetar pessoas de todas as faixas etárias, no Brasil, ele incide principalmente sobre os idosos. Esse preconceito está profundamente enraizado em nossa cultura, influenciando desde atitudes cotidianas até políticas públicas. Neste post, vamos explorar as origens desse estigma e como ele impacta a sociedade brasileira.
O que é etarismo?
O etarismo é o preconceito ou discriminação com base na idade, afetando tanto idosos quanto jovens em diferentes contextos sociais e profissionais. Ele se manifesta no mercado de trabalho, na mídia e até nos serviços de saúde, quando pessoas são excluídas ou desvalorizadas por serem consideradas “muito velhas” ou “muito jovens”.
Quais são as raízes do etarismo?
Quando abordamos a questão do etarismo, é essencial entender que existem raízes estagnadas na sociedade brasileira que se perpetuam através de estereótipos negativos e crenças equivocadas sobre o envelhecimento. Podemos considerar que as principais são: A valorização da juventude, a desvalorização da experiência e a correlação entre a idade avançada e fragilidade e ineficiência.
Como o etarismo se manifesta no Brasil?
No Brasil, o etarismo se manifesta de diversas formas, como:
- No mercado de trabalho: Pessoas acima de 50 anos enfrentam dificuldades para se recolocar, apesar de avanços como o Estatuto do Idoso .
- Na mídia: Representações estereotipadas de idosos como frágeis e dependentes reforçam a ideia de que a velhice é um período de declínio.
- No cotidiano: Frases como “você está velha demais para isso” ou “isso é coisa de gente velha” são exemplos de etarismo velado que desvalorizam a experiência e a autonomia dos mais velhos .
Quais são as consequências do etarismo?
O etarismo tem sérias consequências para a saúde e o bem-estar das pessoas afetadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a discriminação por idade pode trazer sérias consequências para a saúde, o bem-estar e os direitos humanos. O etarismo pode apresentar-se de forma institucional, interpessoal ou autodirigido, de acordo com o Relatório Global sobre Etarismo, realizado pela OMS e pela Organização das Nações Unidas (ONU) .
A substância e a crítica ao etarismo
O filme A Substância (2024), dirigido por Coralie Fargeat e estrelado por Demi Moore, é uma obra que utiliza o gênero de horror corporal para abordar temas como o etarismo, a pressão estética e a busca incessante pela juventude. A trama segue Elisabeth Sparkle, uma atriz de 50 anos que, após ser demitida de seu programa de televisão devido à sua idade, recorre a um misterioso soro que promete rejuvenescer sua aparência. No entanto, esse soro cria uma versão mais jovem de si mesma, chamada Sue, com quem ela deve alternar a vida a cada sete dias, resultando em um conflito psicológico e físico intenso.
O etarismo como tema central
O filme faz uma crítica direta ao etarismo presente na indústria do entretenimento, especialmente em Hollywood, onde a juventude feminina é frequentemente valorizada em detrimento da experiência e da maturidade. Elisabeth, interpretada por Demi Moore, representa a pressão que muitas mulheres enfrentam para manter uma aparência jovem, mesmo que isso signifique sacrificar sua saúde mental e física. A personagem é demitida simplesmente por envelhecer, refletindo como a sociedade marginaliza as mulheres mais velhas, tornando-as invisíveis e descartáveis.
Essa realidade não se distancia do Brasil, já que um dos pontos mais críticos do etarismo se relaciona ao mercado de trabalho. Já que a medida que as pessoas envelhecem, as oportunidades de emprego vão se tornando escassas. Existe uma dificuldade enorme em ser recontratado após os 50 anos de idade. Trata-se de algo muito complexo, principalmente se pensarmos que no Brasil, por exemplo, a previdência estabelece que a idade mínima para se aposentar é de 65 anos, no caso dos homens, e de 62, no caso das mulheres.
No podcast ILPI em Foco, a psicóloga e gestora do Residencial de idosos São Gualter, Vanessa Coppia explica sobre a importância de impulsionar a pessoa idosa a desenvolver autonomia e independência e quais são os impactos que o preconceito pode trazer na vida diária dos idosos.
Ouça aqui: https://open.spotify.com/episode/2QpmRTCLXU3wnO3FlqN0xh?si=kFgtrA9ERwWbuSauzQNQsQ
Como combater o etarismo?
Combater o etarismo requer mudanças culturais e estruturais. Algumas ações incluem:
- Educação e conscientização: Promover o entendimento de que o envelhecimento é um processo natural e que a experiência dos mais velhos é valiosa.
- Políticas públicas inclusivas: Garantir que as leis e políticas públicas promovam a inclusão e a participação ativa de todas as idades na sociedade.
- Representação positiva na mídia: Mostrar idosos em diversas situações e papéis, desafiando estereótipos negativos.
Conclusão
O etarismo é um preconceito enraizado que afeta a sociedade brasileira de diversas maneiras. Reconhecer suas manifestações e consequências é o primeiro passo para promover uma sociedade mais justa e inclusiva para todas as idades.

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Hidratação e controle glicêmico: entenda a relação
- junho 12, 2025
- 8:00 am

Hidratação e controle glicêmico: qual é a relação e por que ela importa
Quando falamos em controle da glicose no sangue, os principais pontos que vêm à mente costumam ser alimentação, atividade física e uso de medicamentos. No entanto, um fator essencial muitas vezes é negligenciado: a hidratação. Manter o corpo bem hidratado não apenas favorece o funcionamento geral do organismo, como também influencia diretamente os níveis de glicose no sangue.
Pesquisas recentes têm mostrado que a ingestão adequada de água pode ajudar tanto na prevenção quanto no controle do diabetes tipo 2. A relação é simples, mas poderosa: a água participa de processos metabólicos fundamentais, e sua falta pode comprometer a sensibilidade à insulina e o equilíbrio glicêmico.
O papel da água no metabolismo da glicose
A glicose é transportada pela corrente sanguínea, e esse transporte depende de um volume adequado de líquido no corpo. Quando o organismo está desidratado, o sangue tende a ficar mais concentrado, o que pode levar a um aumento temporário da glicemia.
Além disso, a hidratação influencia a função renal, responsável por eliminar o excesso de glicose por meio da urina. Quando os rins não recebem água suficiente, essa eliminação se torna menos eficiente.
Outro ponto importante: a desidratação crônica está associada ao aumento dos níveis de vasopressina, um hormônio que, entre outras funções, estimula a produção de glicose pelo fígado, elevando ainda mais os níveis de açúcar no sangue.
O que dizem os estudos
Um estudo publicado no Diabetes Care, da American Diabetes Association, acompanhou mais de 3 mil pessoas por nove anos e identificou que quem bebia menos de 500 ml de água por dia tinha maior risco de desenvolver hiperglicemia em comparação com quem mantinha uma ingestão regular de líquidos.
Outras pesquisas indicam que a hidratação adequada pode melhorar a sensibilidade à insulina, especialmente em pessoas com sobrepeso ou resistência insulínica. Isso significa que o corpo consegue usar a insulina de forma mais eficiente para controlar a glicose.
Quantidade ideal de água por dia
A recomendação mais comum é consumir cerca de 30 a 35 ml de água por quilo de peso corporal por dia. Para uma pessoa de 70 kg, isso equivale a aproximadamente 2,1 a 2,4 litros diários. No entanto, fatores como clima, atividade física e estado de saúde podem aumentar essa necessidade.
Vale lembrar que outras bebidas como chás sem açúcar, águas aromatizadas naturais e caldos leves também contribuem para a hidratação. No entanto, a água pura continua sendo a principal fonte recomendada.
Hidratação como aliada no controle do diabetes
Para pessoas com diabetes, manter a hidratação em dia ajuda a:
Evitar picos de glicemia associados à desidratação
Apoiar a função renal e evitar sobrecarga dos rins
Reduzir a sensação de fadiga, comum em quadros de hiperglicemia
Melhorar a resposta do organismo à insulina
Além disso, a ingestão regular de água pode ajudar a controlar o apetite e contribuir para a saciedade, o que favorece escolhas alimentares mais equilibradas — ponto essencial no controle glicêmico.
Conclusão
A hidratação adequada não substitui o tratamento medicamentoso nem a alimentação saudável, mas é um complemento essencial para o controle glicêmico eficaz. Seja para prevenir o diabetes ou para manter a glicemia estável, beber água suficiente ao longo do dia é um hábito simples, mas com grande impacto na saúde.
Na Raia Dose Certa, promovemos o cuidado integral, que vai além do tratamento. Pequenas atitudes, como manter a hidratação em dia, fazem diferença real na qualidade de vida de quem convive com o diabetes.

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